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“Deve ter algum líder contra o texto”, diz Otto Alencar sobre PL dos Consignados

Publicado quinta-feira, 13 de agosto de 2020 às 12:34 h | Atualizado em 13/08/2020, 13:03 | Autor: Raul Aguilar
Parlamentar desabafou sobre PL dos Consignados que está travado na Câmara | Foto: Roque Sá | Agência Senado
Parlamentar desabafou sobre PL dos Consignados que está travado na Câmara | Foto: Roque Sá | Agência Senado -

Perto de completar dois meses estacionado na Câmara dos Deputados, o projeto de lei que suspende a cobrança do empréstimo consignado, realizado através do desconto em folha, para aposentados e pensionistas por 120 dias, de autoria do presidente do PSD na Bahia e líder do partido no Senado, Otto Alencar, é motivo de crescente manifestação de parlamentares no Congresso.

Na sessão de quarta-feira, 12, o senador Esperidião Amin (PP-SC) defendeu aprovação do PL do colega de Casa, e classificou o atraso como um “absurdo” e uma “crueldade” que está gerando um grave problema de relacionamento do Senado Federal com a Câmara dos Deputados. Na Câmara, os deputados federais Léo Moraes (Podemos-RO) e Tadeu Filippelli (MDB-DF) são alguns dos parlamentares que foram a público exigir que o PL dos Consignados seja colocado em votação.

Alencar culpa a falta de acordo entre lideranças pela demora na apreciação do texto na Câmara: “No sistema remoto, as matérias só vão a voto depois da reunião de líderes, a maioria é que a faz opção por pautar a matéria. Deve ter algum líder contra o texto”.

O senador do PSD afirma que não pode ser envolver no funcionamento da Câmara e que não conversou com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para colocar o PL em votação. Ele lembra que neste mês, para atrair a clientela, os bancos passaram a oferecer 90 dias de carência na contratação de novos empréstimos consignados.

Em defesa do projeto, Alencar cita que o lucro líquido do monopólio de cinco bancos, Bradesco, Santander, Itaú, Banco do Brasil e Caixa, que dominam 82% do setor, em 2019, foi de 120 bilhões de reais. Ele lembra que só dois países não cobram juros sobre lucros e dividendo: Brasil e Estônia.

“Nada é melhor para os bancos do que o empréstimo consignado, descontado na folha, e que não tem como deixar de pagar; É o empréstimos do sonhos. O que queremos é suspender o pagamento por quatro meses, isso não quebra nenhum banco, não é calote”, desabafa Otto Alencar.

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