POLÍTICA
Dnit anuncia novo superintendente na BA
Por Biaggio Talento
Depois das queixas do secretário de Infraestrutura do Estado, vice-governador Otto Alencar (PSD), sobre os repasses mínimos de recursos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) nos últimos três anos para a Bahia, o Ministério dos Transportes nomeou nesta quarta-feira, 7, o engenheiro civil Amauri Sousa Lima novo superintendente regional do órgão.
Lima vai substituir João Sílvio Cerqueira Monteiro, que estava demissionário do cargo. Em nota, o Dnit nacional disse que "o ministro dos Transportes, César Borges, interferiu diretamente na indicação de Amauri, para que a atuação do Dnit seja mais tempestiva e eficiente nas obras da Bahia".
Burocracia - Alencar declarou que os atrasos não foram provocados pelo antigo superintendente, "uma pessoa séria e competente", mas pela burocracia, que, na opinião do vice-governador, "está acabando com o Brasil assim como no passado diziam que a saúva iria acabar". Ele também elogiou o dirigente que entra, afiançando conhecê-lo como um "excelente tocador de obras". Mas teme que ao tentar dar celeridade às engrenagens do Dnit acabe entrando em confronto com o "sistema" moldado, na visão de Otto, numa "centralização que prejudica muito estados e municípios".
Amauri Sousa Lima assume o cargo após comandar por quatro anos a superintendência regional do Dnit no estado do Tocantins. Graduado em engenharia civil e em ciências, o profissional sempre atuou na área rodoviária, como nas obras de duplicação da via Anhanguera no estado de São Paulo (SP-330), entre Ribeirão Preto a São Joaquim da Barra. No extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), onde foi admitido em 1982, chefiou o Serviço de Engenharia Rodoviária no 11º Distrito Rodoviário Federal (DRF) durante 11 anos consecutivos e substituiu por diversas vezes a chefia do 2º DRF.
Obras do PAC - O ideal para Otto Alencar é que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pudessem ser contratadas através do Regime Diferenciado de Construção (RDC) criado para as obras da Copa do Mundo. "É um sistema bem mais simplificado, embora transparente, que tem ajudado muito no ritmo das obras da Copa. Digo a você que a obra de ampliação do aeroporto de Salvador só vai ficar pronta para a Copa porque foi usado o RDC".
Alencar avalia que com a "legislação ultrapassada" e a vigilância excessiva dos órgãos ambientais e de fiscalização, o Brasil é o País menos competitivo do Brics (os cinco principais países em desenvolvimento).
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