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Eduardo Cunha anuncia fim de relações com o governo Dilma

Publicado sexta-feira, 17 de julho de 2015 às 12:14 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Da Redação
Eduardo Cunha
Eduardo Cunha -

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, rompeu relações com o governo de Dilma Rousseff. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira, 17, um dia após ele ser acusado pelo consultor Júlio Camargo de ter recebido propina no valor de R$ 5 milhões. O depoimento foi dado à Justiça Federal do Paraná, no âmbito da Operação Lava Jato.

Cunha negou as acusações e declarou: "Estou oficialmente rompido com o governo a partir de hoje". Além disto, ele afirmou que vai defender a saída do partido da base aliada do governo durante o congresso do PMDB, que ocorre em setembro.

O relacionamento com a presidente é complicado desde que Cunha assumiu a presidência da Câmara, em fevereiro deste ano.

De acordo com o Blog do Josias, Cunha sinalizou para seus aliados que estaria estocando dinamite. "Eu vou explodir o governo", declarou ele em privado, segundo o blog.

Acusações

Júlio Camargo, consultor da empresa Toyo Setal e um dos principais delatores da Lava Jato - que investiga o superfaturamento em contratos da Petrobras junto a empreiteiras -, afirmou que foi pressionado por Cunha para pagar a propina.

"O deputado Eduardo Cunha é conhecido como uma pessoa agressiva, mas confesso que comigo foi extremamente amistoso dizendo que ele não tinha nada pessoal contra mim, mas que havia um débito meu com o Fernando do qual ele era merecedor de US$ 5 milhões", disse Camargo.

Em sua defesa, o presidente da Câmara disse que é alvo de um ataque pessoal feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que poderia ter pressionado Camargo a "mentir".

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