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ELEIÇÕES

AtlasIntel aponta cenário competitivo na Bahia desde o início

Nova pesquisa do instituo contratado pelo grupo A TARDE consolida crescimento de Jerônimo e disputa acirrada

Por Da Redação

27/09/2022 - 10:18 h | Atualizada em 27/09/2022 - 11:38
Andrei Roman, cientista político e CEO da AtlasIntel, foi entrevistado de hoje do programa Isso É Bahia
Andrei Roman, cientista político e CEO da AtlasIntel, foi entrevistado de hoje do programa Isso É Bahia -

A pesquisa AtlasIntel divulgada nesta terça-feira, 27, que mostra o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, pela primeira vez podendo chegar próximo a 50% das intenções de votos ao governo da Bahia, se considerada a margem de erro, consolida uma tendência de crescimento do petista apontada desde o início pelo instituto contratado pelo grupo A TARDE.

"Nos nossos números, o cenário está muito mais cristalizado do que em outras pesquisas. Acho que a metodologia da pesquisa, nesse contexto, separa Atlas de outros institutos, que apontavam resultados bem distintos, onde as trajetórias de crescimento do Jerônimo são impressionantes. No último IPEC ele cresceu 19 pontos. Saiu hoje Paraná Pesquisas mostrando um crescimento muito forte do Jerônimo e uma queda muito grande para o ACM", explica Andrei Roman, CEO da AtlasIntel, em entrevista nesta terça, ao programa Isso É a Bahia, da rádio A TARDE FM.

O levantamento mostra estabilidade em relação à pesquisa anterior. Jerônimo subiu dois pontos percentuais e chegou a 46,5% da preferência, enquanto ACM Neto caiu quase um ponto e foi a escolha de 39,6% dos entrevistados.

"Se ele [Jerônimo] for vencer essa eleição no primeiro turno, isso será compatível com os dados dessa pesquisa divulgada hoje", avaliou.

Durante a entrevista, Roman disse que o cenário competitivo e polarizado tem levado a Bahia a decidir as eleições nos últimos anos em primeiro turno.

"Sempre tem dois candidatos muito fortes e pouco espaço para a terceira via. Desta vez, um pouco diferente, porque o João Roma tem uma base mais consistente, ele tem os eleitores fiéis ao Bolsonaro ainda, e parece que boa parte desse eleitorado é resiliente e quer marcar posição. Eles querem demonstrar apoio a Jair Bolsonaro votando no João Roma. Eles querem reforçar também o quanto o João Roma foi um candidato, vamos dizer, transparente e honesto em assumir o seu lado político", analisou.

O CEO da AtlasIntel acredita que ACM Neto enfrenta dificuldades em conseguir retirar votos de João Roma por não assumir o discurso do presidente Jair Bolsonaro.

"Eles têm uma resistência em fazer uma migração de voto útil para ACM Neto, que não adotou posicionamento claro dentro da campanha, por mais que ele tenha sido um apoiador do governo Bolsonaro no Congresso, como liderança do União Brasil, por mais que tenha defendido a agenda econômica de várias maneiras, por mais que a relação pessoal entre ele e o presidente da República tenha sido boa, o ACM Neto meio que buscou esconder esse relacionamento, e o eleitorado do João Roma vem percebendo e criticando isso", disse.

A pesquisa AtlasIntel é produzida por meio da coleta de dados na internet, a partir de questionário que é respondido virtualmente. Perguntado sobre o impacto da maneira como o instituto capta o cenário eleitoral na Bahia, Roman acredita que a metodologia não explique a discrepância, até então, dos resultados em relação a outras empresas.

"Trata-se de uma diferença de questionário, de como você apresenta os candidatos. A diferença metodológica seria porque nossa pesquisa teria outro método de coleta, outra forma de calibragem amostral, outros controles, mas não é essa a questão. As pesquisas representam uma maneira de fazer campanha. Você gosta de apresentar seu discurso no contexto em que as pesquisas mostram que boa parte do eleitorado apoia a sua candidatura, que sua trajetória é de ascensão. Então, quando existe uma pesquisa que mostra algo destoante dessa percepção, o que os candidatos fazem é bater na pesquisa, mas faz parte", conclui Roman.

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