CRÍTICA A ADVERSÁRIOS
Ciro ataca Lula, mas diz que Bolsonaro é pior que o petista
Pré-candidato do PDT disse que manterá pré-candidatura até julho, quando avaliará se continua ou sai do pleito
Por Da Redação

O pré-candidato do PTD à Presidência, Ciro Gomes, atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é pior.
Em sabatina a jornalistas da “Folha de S. Paulo” e do “UOL”, nesta quarta-feira, 20, o ex-governador do Ceará disse que não considera o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inocente. "Lula é responsável por ter levado a corrupção para o centro do poder no país", afirmou. Para Ciro, o ex-presidente não é humilde e não aprende com os erros. "No ano seguinte do golpe, Lula estava abraçado com os promotores desse mesmo golpe", declarou a respeito do impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016.
Além disso, o pré-candidato do PDT também afirmou que Lula "está destruindo as organizações partidárias" e "especialmente o campo progressista", citando PSOL, PC do B e PSB, partidos que se aliaram ao petista.
Ele descartou também uma chance de aliação com Lula, a quem Ciro declarou que "perdeu a decência" e "está apodrecido moralmente". "O antipetismo ressuscita o bolsonarismo boçal", completou.
Bolsonaro
O pedetista também não poupou críticas aos presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem se referiu como pior do que Lula. "É um grande corrupto, um grande incompetente, mas é um fascista", disse, acrescentando que Lula "é do campo da democracia".
Ciro comentou também, que apesar de aparecer até o momento nas pesquisas de intenção de voto com apenas um dígito da preferência dos eleitores, ele estará no segundo turno das eleições deste ano e é o único capaz dentre as pré-candidaturas apresentadas a ter chances de derrotar Lula e Bolsonaro. "Eu não cometo crime, eu nunca respondi por nenhum mal feito de corrupção".
Se eleito, o pré-candidato ao Planalto prometeu que não se candidataria a reeleição em 2026. E, caso não seja eleito, ele disse que este ano é a última eleição que disputará e que irá para a academia ou para a iniciativa privada em seguida.
Terceira via
Na sabatina, o político cearense disse que aceita o diálogo com a “terceira via” e defendeu uma frente ampla de centro-esquerda baseada num programa para superar a crise econômica, mas não disse que retiraria a sua candidatura para apoiar algum presidenciável que não fosse Lula ou Bolsonaro.
O presidenciável do PDT afirmou que, assim como a terceira via, também censura a polarização entre Lula e Bolsonaro. Ciro repetiu que a condição para sentar-se à mesa foi superada, já que Sergio Moro, a quem ele chama de "inimigo da República", já não participa da construção como presidenciável.
E que para isso, pode estender a negociação que anda tendo com o PSD e União Brasil para o MDB e o PSDB, não pode ser um "conchavo despolitizado". Para ele, acima da definição de candidatura, é preciso buscar convergências no diagnóstico da crise e de como sair dela.
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