ELEIÇÕES
Filha de Temer declara voto em Lula após pai ser chamado de golpista
Advogada disse que “defende um modelo de país” que não é representado por Bolsonaro
Por Da Redação

Mesmo após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter chamado o ex-presidente Michel Temer (MDB) de “golpista” no debate promovido pela TV Globo na noite da sexta-feira, 28, a filha do emedebista publicou um vídeo nas redes sociais neste sábado, 29, reafirmando o voto no petista no segundo turno das eleições deste ano.
A advogada e professora universitária Luciana Temer disse que este pleito não é sobre a defesa de Lula e sim sobre um “modelo de sociedade” que contrapõe o presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Muita gente me perguntando aqui se vou continuar a defender um homem que chamou meu pai, Michel Temer, de golpista em rede nacional. Quem me conhece sabe o quanto amo e admiro esse meu pai”, iniciou Luciana no vídeo.
“Mas deixa eu explicar uma coisa para quem não entendeu: eu não defendo um homem, defendo um modelo de país, um modelo de sociedade, que não é possível definitivamente com um governante que desrespeita as instituições, que é favorável a crianças não frequentarem a escola, que é favorável ao armamento das pessoas e tem falas e atitudes racistas, machistas e homofóbicas”, finalizou a filha do ex-presidente.
Confira o vídeo:
Citado pelo petista, Temer disse, em entrevista ao jornal O Globo, disse que lamenta ter sido citado como “golpista” por Lula e que isso poderá ter uma reação na forma de perda de alguns votos do candidato do PT no domingo, 30.
"Estou recebendo muitas mensagens aqui de gente que dizia que iria votar nele e não vai mais votar por causa disso. Muita gente do MDB está me mandando mensagem dizendo isso. Mas, coitado, não posso culpar ele. Às vezes, a pessoa está em um debate e diz coisas assim”, lamentou Temer.
O emedebista após o resultado do primeiro turno foi o único presidente desde a reabertura democrática vivo que não declarou nominalmente o seu voto na segunda rodada de votação. Ele declarou, no entanto, que votaria em quem "defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, manter as reformas já realizadas no meu governo e propor ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país”.
O ex-presidente Fernando Collor de Melo é aliado do presidente Jair Bolsonaro e o ex-chefe da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) declarou nominalmente voto no petista, que também tem o apoio da sua sucessora e colega de partido Dilma Rousseff (PT).
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