ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS
Maiores doações à campanha de Bolsonaro vêm do agronegócio
Contribuições ao comitê do candidato à reeleição já somam R$ 7,8 milhões
A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição já recebeu, ao todo, 807 doações, segundo registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A maioria das contribuições envolve valores pequenos, de R$ 1 mil ou menos.
A menos de um mês para o primeiro turno das eleições, os valores recebidos pelo comitê do chefe do Executivo já somam R$ 7,8 milhões.
O financiamento que vem do agro aparece em uma quantidade menor, mas estão entre as mais generosas.
Um levantamento feito pelo Metrópoles mostra que, dos 100 maiores doadores, 84 são donos de empreendimentos no campo e já doaram à campanha bolsonarista ao menos R$ 5,3 milhões.
A contribuição mais expressiva foi do sojicultor Oscar Luis Cervi, dono de propriedades rurais no estado de Mato Grosso, com R$ 1 milhão.
Entre os maiores contribuintes do agro ainda consta o pecuarista Celso Gomes dos Santos, também de Mato Grosso, que ofereceu R$ 500 mil.
Conhecido como “Rei do Gado”, Gomes apareceu no noticiário no início deste ano ao presentear Bolsonaro com um “óleo ungido” trazido de Jerusalém.
Doadores com problemas judiciais
A lista de doadores do atual presidente no ramo do agronegócio tem nomes que já estiveram enredados em casos de justiça.
O empresário Gilson Mueller Berneck foi processado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) depois que uma operação encontrou 47 pessoas trabalhando em situação análoga à escravidão em duas de suas fazendas no interior do Paraná.
Outra doação foi feita pelo empresário Tiago Maximiano Junqueira, preso em 2018 por pagar propina a funcionários do governo do Piauí para obter uma licença ambiental. O caso ainda tramita na Justiça.
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