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Pastor lidera paralisação de caminhoneiros contra eleição de Lula

Em áudios para seguidores, Jackson Vilar incitou a destruição de urnas e a "quebrar esquerdistas no cacete"

Publicado terça-feira, 01 de novembro de 2022 às 10:05 h | Atualizado em 01/11/2022, 10:09 | Autor: Da Redação
Ex-candidato a deputado discriminou o povo baiano por ter votado majoritariamente em Lula: "descarados e vagabundos"
Ex-candidato a deputado discriminou o povo baiano por ter votado majoritariamente em Lula: "descarados e vagabundos" -

O bolsonarista Jackson Vilar, autointitulado pastor evangélico e empresário, aparece como um dos líderes da paralisação dos caminhoneiros, que protestam contra o resultado do segundo turno da eleição e a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em um grupo chamado de Nova Direita, no Telegram, o ex-candidato a deputado federal pelo Republicanos declara que está em "guerra contra o sistema" e convoca caminhoneiros e motociclistas pró-governo a permanecerem nas ruas.

"Não saiam da rua. Não tem 72 horas, não tem 80 horas, não tem 100 horas. Nós não sairemos das ruas mais. Nem caminhoneiros, nem motociclistas e nem a população mais. Estamos unidos para libertar nosso país. Não aceitamos o comunismo neste país. O nosso presidente perdeu a eleição? Perdeu. Agora é a nossa vez", ameaçou o pastor.

Apoiador do atual atual governo e organizador de motociatas a favor de Bolsonaro, Jackson Vilar divulgou em seu canal uma conta bancária com o objetivo de arrecadar fundos que ajudarão na compra de água e suprimento para os manifestantes.

No grupo criado por Vilar antes do segundo turno do pleito, ele intensificou as articulações para reverter a possível vitória de Lula. Em mensagens de áudio enviadas à comunidade, o pastor incitou seus seguidores a destruir urnas e "quebrar esquerdistas no cacete".

O ex-cantor gospel também discriminou o povo baiano, a quem se referiu como "descarados e vagabundos" por terem votado, em sua maioria, no candidato petista.

"Baiano é gente boa, mas é meio descarado. É falso. Eu conheço a natureza do baiano, o negócio dele é se requebrar", disse o empresário. 

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