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Termo “mesário” cresce entre bolsonaristas após medida do TSE

TSE determinou que mesários terão que ficar com o celular do cidadão na hora do voto

Publicado sábado, 24 de setembro de 2022 às 12:47 h | Autor: Da Redação
O aumento das buscas entre janeiro e agosto acontece após a determinação do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, de que o eleitor deve entregar o celular para o mesário antes de votar
O aumento das buscas entre janeiro e agosto acontece após a determinação do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, de que o eleitor deve entregar o celular para o mesário antes de votar -

Menções ao termo “mesário” saltaram de 2 para 163 em sete meses, em 121 grupos formados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). A medição foi feita pelo Media Studies, da Universidade de Virginia, nos Estados Unidos.

O aumento das buscas entre janeiro e agosto acontece após a determinação do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, para que o eleitor entregue o celular para o mesário antes de votar.

A decisão foi anunciada no dia 25 de agosto e tem como intuito evitar o chamado “voto de cabresto”, que é quando o eleitor perde o sigilo do seu voto, o que há risco de acontecer quando um grupo político pede que ele comprove que votou em determinado candidato, o que pode ser feito através do celular.

Alguns bolsonaristas acreditam que a medida do TSE tem como objetivo “aumentar a abstinência dos votos”. Ele [Moraes] quer aumentar a abstinência de votos e criar condições para o tumulto. Deixem os celulares em casa ou, então, levem, usem o título digital e deixe a porr* do celular com o mesário”, escreveu um eleitor de Bolsonaro.

O professor de antropologia David Nemer, por sua vez, diz enxergar que a nova narrativa visa criar resistência. “As pessoas desses grupos acham que a proibição vai inibir e desmotivar os bolsonaristas a sair a votar. Então, eles entenderam que não vão ceder, digamos assim, a essa 'intimidação' do Alexandre de Moraes, então estão criando essa campanha de como se comportar perante essa nova regra”, conta.

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