ELEIÇÕES 2024
Lula comemora 60 anos de Refinaria lembrando importância da eleição de domingo
Por Biaggio Talento, da Agência A TARDE
Mataripe - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou as comemorações dos 60 anos da Refinaria Landulpho Alves, em Mataripe, na Região Metropolitana de Salvador para exaltar a importância da eleição de domingo para os destinos do País. Sem poder se referir abertamente à sua candidata a presidente, Dilma Rousseff para não infligir a legislação eleitoral, Lula passou a ideia de que está nas mãos dos eleitores a continuação do atual projeto ou o retorno aos governos anteriores que, segundo ele, privilegiavam as elites.
O povo brasileiro vai às urnas para expressar o seu discernimento, sua visão soberana sobre o País e o projeto de desenvolvimento que deseja para a nossa nação, disse, arrancando aplausos da plateia, formada pelos funcionários da refinaria.
Ele qualificou a votação de "hora sagrada da democracia" e o momento em que "cada cidadão vale um voto, rico ou pobre", fazendo questão de especificar: "O dono de um milhão e de um tostão valem um voto", bradou, observando que o brasileiro conquistou o direito de votar livremente, "sem ceder a pressões de nenhuma espécie" e, por essa razão, o povo obteve as maiores conquistas da sua história. E arrematou: Felizmente, ninguém cobra pedágio ou explicação de brasileiro e brasileira na hora de votar e todos podem exercer com altivez e independência o seu sagrado direito democrático.

Getúlio - Ao se referir à fundação da Petrobras, três anos após a criação da Refinaria Landulpho Alves, Lula mais uma vez fez um paralelo sobre sua gestão e a do presidente Getúlio Vargas, entendendo que os dois sempre lutaram contra as elites. Quando Getúlio pensou em criar a Petrobras, foi muito criticado. Esses mesmos que hoje nos criticam, diziam que Brasil não tinha que se meter a procurar petróleo, que aqui não tinha petróleo, que a gente era de segunda classe, vira-lata. Hoje nós estamos aqui graças à coragem de Getúlio Vargas e do povo brasileiro.
Numa crítica indireta aos dois governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula disse que a Petrobras foi ameaçada nos anos 90. Esse rebaixamento foi promovido por aqueles que diziam que o Brasil não tinha recursos para expandir a indústria petrolífera e que não havia mais sentido se investir em novas refinarias, declarou.
E assinalou que quando assumiu o governo, a partir de 2003, houve uma inversão da lógica que vinha impedindo a Petrobras de exercer todo o seu enorme potencial de induzir o nosso desenvolvimento e demos início a um vigoroso processo de fortalecimento da empresa cujo capítulo mais recente ocorreu na Bovespa na última sexta-feira. Ele ainda comemorou o fato de a Petrobras ter sido protagonista da maior capitalização da história mundial e se tornou a segunda maior empresa do setor do mundo com a captação de U$ 70 bilhões.
Obama - O presidente aproveitou para listar a série de êxitos do seu governo, principalmente na área econômica e brincou com a famosa frase do presidente Barack Obama que o chamou de "o cara". Disse que se Obama conhecesse todas as realizações dos oito anos de sua gestão, diria: "E não é que esse cara é o cara do cara?".
Tratado como um superstar pelos funcionários da refinaria, Lula retribuiu o carinho distribuindo, abraços e autógrafos para dezenas de trabalhadores e não se furtava a posar para fotografias junto com quem lhe pedia o mimo. Durante a solenidade, da qual fizeram parte ministros e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, Lula entregou uma placa de homenagem a um dos funcionários pioneiros da refinaria, Osvaldo Celestino, que ficou muito emocionado. O presidente deixou a refinaria em direção a Salvador por volta das 14h30 desta quarta-feira, 29.
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