RELATÓRIO DAS URNAS
Para Lula, Bolsonaro humilhou as Forças Armadas fazendo uso eleitoral
Presidente eleito cobrou pedidos de desculpas de Jair Bolsonaro às Forças Armadas e ao povo brasileiro
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou nesta quinta-feira, 10, sobre o relatório das Forças Armadas entregue ao TSE pelo Ministério da Defesa na noite desta quarta-feira, 9. Em seu discurso, Lula acusou o presidente Bolsonaro de "humilhar" as Forças Armadas durante o processo eleitoral de 2022.
Lula cobrou pedidos de desculpa do presidente Jair Bolsonaro (PL). Primeiro, às Forças Armadas por usar os militares, com uma série de mentiras e insinuações sem provas. Depois, aos brasileiros, por ter mentido, segundo o petista.
"Ontem [quarta-feira] aconteceu uma coisa humilhante, deplorável para as nossas Forças Armadas: um presidente da República, que é o chefe supremo das Forças Armadas, não tinha o direito de envolver as Forças Armadas a fazer uma comissão para investigar urnas eletrônicas, coisa que é da sociedade civil, dos partidos políticos e do Congresso Nacional", disse o presidente eleito a parlamentares.
"O resultado foi humilhante, humilhante. Eu não sei se o presidente está doente, mas ele tem a obrigação de vir à televisão e pedir desculpas para a sociedade brasileira e pedir desculpas às Forças Armadas, por ter usado as Forças Armadas, que é uma instituição séria, que é uma garantia para o povo brasileiro contra possíveis inimigos externos, fosse humilhada, apresentando um relatório que não diz nada, nada, absolutamente nada daquilo que ele durante tanto tempo acusou", continuou
Durante sua gestão, Bolsonaro usou o Ministério da Defesa para amplificar os ataques contra o sistema eleitoral brasileiro. Um dos instrumentos para isso foi o trabalho de fiscalização do processo de votação empreendido pelos militares, a partir da presença da pasta na Comissão de Transparência Eleitoral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Lula pediu a apoiadores de Bolsonaro que estão à frente de quartéis reivindicando intervenção militar, inconformados com o resultado da eleição, que voltem para casa.
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