ELEIÇÕES 2022
Partidos de esquerda reduzem candidaturas à Câmara dos Deputados
Legendas de direita e centro chegaram a triplicar número de candidatos
Por Agência Câmara e Da Redação
Os partidos de esquerda optaram por uma estratégia de reduzir o número de candidaturas à Câmara dos Deputados nas eleições deste ano, entre eles Rede, Psol, PV e PCdoB. O PT também reduziu levemente o número de candidatos e terá menos do que outros partidos de esquerda, PDT e PSB, que ganharam candidatos.
Na outra ponta, PTB, PP e PL são os partidos que mais lançaram candidaturas apresentando mais do que três vezes o número da eleição passada. Outros partidos de centro quase que dobraram o número de candidatos: Solidariedade, PSC, PSD e Republicanos.
Trocas partidárias
O quadro eleitoral reflete em parte as mudanças no sistema partidário desde a eleição passada. Dois dos partidos que mais cresceram, o PP e o PL, também tiveram um aumento significativo de deputados em exercício. O PL, que contava com 33 deputados na data da posse, em 2019, atualmente detém a maior bancada, com 77 parlamentares – uma diferença de 44. Já o PP ganhou 20 deputados, passando de 38 para os atuais 58.
O PSD (hoje com 47 parlamentares) e o Republicanos (com 44) também aumentaram o número de representantes ao longo desta legislatura. As exceções nessa lista são o PTB e o Solidariedade, que perderam deputados na comparação com a data da posse.
Incorporações e fusões
Outro fator para se considerar com relação ao número de candidatos são as fusões e incorporações de partidos. Desde a eleição passada, o número de legendas na disputa foi reduzido de 35 para 32. O Patriota incorporou o PRP, o PCdoB incorporou o PPL, Podemos incorporou o PHS, e União é a fusão do DEM e PL.
Legendas nessa situação tiveram que reduzir o número de candidatos por causa das novas regras eleitorais. Nesta eleição, o número máximo de candidatos ao Legislativo foi limitado ao número de vagas no estado + 1.
Regras
Outras mudanças nas regras eleitorais influenciaram as estratégias dos partidos. Esta será a primeira eleição para Câmara dos Deputados sem coligações, o que dificulta as chances de partidos menores elegerem candidatos.
Para se adaptarem a essa novidade, sete legendas se integraram para formar três federações partidárias: PT-PCdoB-PV, PSDB-Cidadania e Psol-Rede. Enquanto as coligações tinham uma natureza apenas eleitoral e temporária, as federações vão durar até o fim do mandato dos candidatos.
Também aumentou o número necessário para alcançar a cláusula de barreira, um pré-requisito para ter acesso ao Fundo Partidário e à propaganda no rádio e na TV.
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