ELEIÇÕES 2024
Pelegrino reforça campanha em áreas onde venceu no 1º turno

Por João Pedro Pitombo

O candidato Nelson Pelegrino (PT) vai reforçar nesta reta final a campanha em bairros onde foi vencedor no primeiro turno. Enquanto, nesta quarta-feira (24), ele faz carreata com o ex-presidente Lula no subúrbio ferroviário, onde venceu com larga vantagem, nesta terça o petista participou de caminhada no Calabetão, região onde também ganhou na primeira etapa da eleição. A área é reduto eleitoral dos vereadores eleitos Gilmar Santiago (PT) e Everaldo Augusto (PCdoB), ambos presentes na caminhada desta terça.
O objetivo do petista é consolidar o voto obtido nestes bairros - buscando neutralizar a estratégia adotada por ACM Neto (DEM), que tem focado em redutos de Pelegrino e de vereadores peemedebistas - além de tentar ampliar a votação nas regiões da cidade onde saiu vencedor. Para colocar em prática a estratégia, os petistas buscaram, nos discursos, apresentar o democrata ACM Neto como candidato das "elites" e dos "bacanas". Como contraponto, Pelegrino é apresentado como dos "guetos" e das "favelas".
"O candidato do outro lado veio aqui cheio de seguranças. Mas Pelegrino é do povo e quem faz sua segurança são as crianças, é o povo do Calabetão", falou por repetidas vezes uma das lideranças do bairro que empunhava o microfone. Completa a estratégia a intenção de dar prioridade às baixadas em detrimento das vias troncais dos bairros da periferia. A ideia é mostrar que "Pelegrino vai aonde Neto não vai", conforme disse o locutor.
Críticas - Em entrevista à imprensa, Pelegrino mostrou um tom mais ameno em relação ao apresentado nos debates. Contudo, procurou apresentar sua candidatura como de oposição à gestão do prefeito João Henrique - a despeito do partido do prefeito fazer parte de sua coligação. "Vemos nas ruas que um sentimento de mudança muito forte toma conta da cidade. E essa mudança somos nós, que passamos quatro anos na oposição ao prefeito", destacou Pelegrino.
Questionado se a eleição de ACM Neto representaria o retorno do "carlismo", Pelegrino deixou o tom ameno de lado e desferiu críticas mais duras ao adversário. "A Bahia virou esta página em 2006 e não quer mais retornar ao mandonismo, à cooptação, à chantagem, à opressão e à confusão entre os negócios da família e os negócios públicos", disse. E colocou a sua candidatura como contraponto: "A Bahia quer liberdade e democracia. Nós representamos isso".
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