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27/01/2020 às 6:00 - há XX semanas | Autor: Aparecido Silva

ELEIÇÕES 2024

"Tenho a expectativa de ser a candidata do governador", anseia Olívia Santana

Foto: Shirley Stolze | Ag A TARDE
Foto: Shirley Stolze | Ag A TARDE -

A deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), presidente da Comissão dos Direitos da Mulher na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), é a entrevistada da semana pelo Portal A TARDE na série de conversas com pré-candidatos e atores do cenário político-eleitoral neste ano de 2020. Com o nome na corrida para a prefeitura de Salvador, a pré-candidata adotou um discurso de embate direto com o pré-candidato Bruno Reis (DEM), nome lançado pelo prefeito ACM Neto.

Nesta entrevista, a parlamentar diz considerar o nome de Reis “artificializado” e diz estar trabalhando para ser o nome principal da esquerda na disputa pelo Executivo soteropolitano. Com conversas estabelecidas com partidos aliados como PSB, PP e PT, Olívia diz ter o sonho de ver seu nome apoiado por todos da base aliada do governador Rui Costa (PT). “Eu tenho, sim, expectativa de ser a candidata do governador, de contar com o apoio do governador, contar com apoio de Wagner, de contar com o apoio de Otto Alencar (PSD), para quem eu fiz campanha abertamente apostando no campo político”, menciona.

Como proposta de governo, a deputada diz que uma eventual gestão teria olhar especial para o combate à desigualdade social. “Essa cidade é brutalmente desigual. Uma cidade em que as pessoas se acostumaram com indicador de desemprego de dois dígitos. […] Nós temos que fazer uma política arrojada de planejamento urbano em Salvador, ter um programa de urbanização das favelas, um programa que possa enfrentar os principais gargalos que a cidade tem”, enumerou.

Confira, a seguir, a entrevista:

A TARDE - Sua pré-candidatura foi lançada no início de novembro. A partir de então, como está o debate em torno da composição para o posto de vice?

Olívia Santana - Eu penso que um dos melhores avanços que tivemos foi essa decisão do PCdoB de apostar no meu nome. De lançar e de apresentá-lo numa conferência, e essa conferência confirmar. Para nós, isso já é uma grande vitória, apresentar o meu nome à cidade e às forças políticas. As tratativas com demais partidas do campo democrático do campo de sustentação do governador Rui Costa têm acontecido, têm avançado, mas ainda não podemos dizer que há algo fechado, porque não há. Há conversas importantes que estão se desenvolvendo com alguns partidos, e eu estou tranquila. Nós ainda estamos em janeiro, estamos cuidando da nossa pré-candidatura com uma equipe de coordenação da nossa pré-campanha e, ao mesmo tempo, dialogando com a base do governador, com PP, com PSB, com o PT, e vamos fazer cumprir o nosso papel, que é de demonstrar a abertura necessária para acolher, sim, outro partido que venha compor a nossa vice na nossa chapa. Eu estou otimista, até porque é um desafio que me encanta muito, e penso que nós vamos conseguir chegar a bom termo.

AT - A deputada teve uma reunião com o também pré-candidato Niltinho, do PP. Há chance de uma composição entre ambos?

OS - O PP é um partido que eu respeito muito, é o partido que tem a vice do governador Rui Costa, tem o vice-governador (João Leão), melhor dizendo. O deputado Niltinho, eu tenho uma relação muito positiva com ele, muito respeitosa. Um deputado novo, é um empresário, é alguém que também acredita na capacidade empreendedora do povo baiano, e a gente tem dialogado de uma forma muito positiva. Portanto, é, sim, uma possibilidade. Mas nós estamos, repito, discutindo, conversando com outros partidos também, para ver qual será esse partido a fazer essa composição conosco.

AT - Há, de fato, dentro do grupo aliado ao governador Rui Costa, a movimentação para unificar as pré-candidaturas de Olívia Santana, Lídice da Mata (PSB) e Bacelar (Podemos)?

OS - Estas conversas estão acontecendo. Como eu disse, este é o momento das conversas, de dialogar com as forças políticas para que a gente possa construir algo que possa representar a base aliada do governador. É possível unificar em uma candidatura? É possível, mas também é possível que saia mais de uma candidatura da base e a unidade se dê no segundo turno. Essa também é uma possibilidade concreta. Nós, do PCdoB, estamos trabalhando da melhor maneira possível para afirmarmos nosso projeto, a nossa proposta, tendo uma composição no campo do governador, que seja a mais ampla possível. Esse é o espírito, o animus do PCdoB, mas estamos aqui para somar, para contribuir e para dizer que nós temos um nome consistente para oferecer para a cidade. É isso que nós estamos construindo. Então, se a gente conseguir fazer esse avanço, acho que será muito bom para Salvador.

AT - O PCdoB faz questão de ser cabeça de chapa? Ou está aberto a compor uma eventual chapa com o posto de vice?

OS - Estamos abertos a compor, entendendo que nós temos o direito de apresentar o nome para cabeça de chapa. Eu, e isso é uma posição minha, entendo que, assim como eu sempre apoiei, nunca tive nenhum preconceito em apoiar candidaturas como as de (Jaques) Wagner, de Rui Costa, e me senti representada nessas candidaturas, apoiei Lula todas as vezes que o Lula foi candidato, apoiei a presidente Dilma (Rousseff), fiz campanha, vesti camisa, eu também sonho com a reciprocidade. Eu sonho com essa possibilidade de a esquerda apostar em um nome com outro perfil, que tem a cara do povo de Salvador, que tem a trajetória de vida que o povo de Salvador tem. Eu queria que isso fosse supernatural. Infelizmente, ainda não é, mas nós estamos aqui para quebrar padrões, para fazer o novo. Então, eu tenho, sim, expectativa de ser a candidata do governador, de contar com o apoio do governador, contar com apoio de Wagner, de contar com o apoio de Otto Alencar do PSD, para quem eu fiz campanha abertamente apostando no campo político. Então, eu entendo que nós estamos com a avenida aberta de tratativas, de diálogos, de conversas, com respeito às diferentes forças políticas, mas também com muita disposição de ser o nome a liderar esse processo. Nós estamos com muita firmeza no PCdoB em relação ao meu nome. Não só no plano local, mas também no plano nacional. A presidente nacional do PCdoB veio aqui e sinalizou o quanto é importante a minha candidatura para o partido nacionalmente. A Manuela D'Ávila caminhou comigo na festa do Bonfim, que é o momento em que todas as candidaturas se apresentam, se interagem de maneira mais pública com a população. Eu pude contar com maior quadro hoje do PCdoB que é Manoela, que foi a nossa pré-candidata a presidente da República na chapa de (Fernando) Haddad, é um nome que está batendo em todas as pesquisas para a prefeitura de Porto Alegre, e mesmo assim, sendo candidata lá, ela aceitou meu convite e veio como amiga, parceira, camarada, caminhar comigo e apoiar o meu nome para prefeitura da cidade de Salvador. Então, nós temos as forças políticas, elas são importantes ao somarem comigo, com a nossa candidatura, mas o povo é o principal agente político. Nós estamos com esse diálogo com a população, com os segmentos sociais, dos mais diversos, desde o movimento sindical, o movimento popular, o movimento de mulheres, movimento de trabalhadores, também com o segmento empresarial, as pequenas empresas, os microempresários, que acreditam em mim como gestora, que me conhecem, que sabem que fui secretária de Educação de Salvador e o que eu fiz, informatizando a matrícula, dialogando com o setor, dizendo 'nós queremos uma matrícula humanizada', com dignidade para o povo de Salvador. Então, são relações que me acompanham até hoje. Quando fui secretária de Trabalho do Estado, tive a oportunidade de fazer uma parceria linda com o Pólo Téxtil de Salvador, que agrega 22 empresas. São pequenas empresas que dão empregos a 750 pessoas, a maioria mulheres, mães de famílias que trabalham e vivem na cidade, que vivem em Salvador. Por que não potencializar isso? Hoje, eu tenho o respeito desse segmento empresarial e de outros que conversam comigo, que eu levo até a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado no sentido de fortalecer iniciativas que possam somar com padrão de desenvolvimento mais elevado para nossa cidade e para o nosso Estado. Eu acredito que eu sou, sim, um nome com experiência, de porte, que pode, sim, liderar esse campo político do governador Rui Costa para um projeto para a cidade de Salvador.

AT - Temos acompanhado a indefinição do PT para apresentar um nome até este momento. Fato este que tem despertado críticas até mesmo de integrantes do próprio partido. Enquanto pré-candidata do grupo, isso incomoda de alguma forma do ponto de vista da necessidade de discutir estratégias de forma conjunta?

OS - Eu respeito muito o PT e sei que o partido tem o processo dele, que é próprio. O PCdoB foi um partido que se antecipou e fez o seu processo interno. O ano de 2019 foi um ano de preparação da nossa casa. Foram estabelecidos os debates internos, havia o meu nome e o nome da deputada Alice Portugal, e nós procuramos fazer de 2019 o ano da decisão. Conseguimos partir unificadas no partido. Mas o PT tem um processo que é diferente do nosso. Eles têm prévias, eles vão levar um tempo até decidirem qual o nome que vai apresentar, se será o nome de dentro do PT, se vão trazer algum nome que venha a se filiar ao PT. Isso aí é o processo deles, que nós respeitamos. Nós não vamos condicionar o nosso caminho ao caminho do PT. Nós estamos fazendo um convite ao PT para seguir conosco. Como estamos fazendo ao PP, como estamos fazendo com outros partidos, mas nós não vamos atrelar o nosso caminho, parar nossa caminhada em função do que acontece com outros partidos. Nós estamos com uma determinação de disputar a prefeitura de Salvador com a nossa cara, do nosso jeito, fazer um processo de mobilização popular de baixo para cima, e nós estamos fazendo isso. Nós estamos nessa etapa de articulação política, mas também de já percorrer Salvador na nossa pré-campanha. Nós não vamos ficar esperando o PT resolver para a gente poder caminhar. Se eles decidirem vir conosco, ótimo. Se não decidirem, nós seguiremos em frente.

AT - Dentro desse arco de aliados, um deles é o PSD, que lançou a pré-candidatura do senador Angelo Coronel. No ano passado, a deputada teve um embate público com ele porque apresentou, no Senado, um projeto propondo o fim da cota para mulheres na política. Essa divergência impede eventual aliança entre ambos?

OS - Angelo Coronel é de um partido que é, também, da base do nosso governo. Eu estabeleci a contradição. Aliás, ele que estabeleceu contradição com a nossa pauta, e eu parti para defender, claro. Porque defendo, de fato, as mulheres. A cota não é uma dádiva, é fruto de uma luta das mulheres brasileiras, é uma lei nacional que é fruto de toda essa batalha que as mulheres travam por representação política, por igualdade. Nós não somos melhores, nem piores do que ninguém. Somos parte da sociedade brasileira. É preciso que os agentes políticos compreendam isso, compreendam importância da presença da mulher na política. Nós somos maioria no Brasil, maioria em Salvador, somos maioria do eleitorado na Bahia. Nós não podemos ser somente aquelas que elegem, que sentem os problemas no cotidiano da vida, e não somos eleitas. Quando Angelo Coronel, senador em quem votei, apresentou aquele projeto para acabar com as cotas para as mulheres, eu, de fato, travei o debate com ele, fui contra, felizmente foi superado. A política não é só a arte da convergência, é também a arte da divergência, de saber divergir com respeito, com firmeza, quando necessária, e, ao mesmo tempo, caminhar juntos quando é possível caminhar. Então, é, sim, possível fazer, sim, essa relação com o PSD. Que o PSD venha nos apoiar, nós aceitaríamos, sim, obviamente ter um nome do PSD na nossa vice. Nós não temos portas fechadas, mas entendendo que, nesse momento, nome que o PCdoB apresenta é o meu nome. Eu sou, como diz o povo, nascida e criada em Salvador. Conheço a cidade como a palma da minha mão, eu vivi os problemas que a maioria do povo de Salvador vive. Fui vereadora por duas vezes, muito bem votado em Salvador. Agora, na eleição de deputada, fui a terceira candidatura mais votada na cidade. Então, isso tem que dizer alguma coisa, eu tive 35.388 votos em Salvador. Isso aqui é uma presença eleitoral, é um apoio da população que eu não posso abrir mão para apoiar alguém. Como eu disse, tenho um perfil de experiência, de luta nos movimentos sociais, mas também experiência no Legislativo, experiência no Executivo. Não se pode dizer 'não vamos apoiar porque ela não está preparada'. A gente tem preparo, sim. Se for o caso, é preciso dizer por que não pode nos apoiar. Nós temos uma abertura muito grande para continuar desenvolvendo esse diálogo com as forças políticas, com campo liderado pelo governador Rui Costa, dando tempo ao tempo, mas sem parar a nossa caminhada.

AT - Vamos falar na hipótese de ser eleita prefeita, qual seria a principal bandeira de Olívia Santana no Executivo municipal?

OS - A principal bandeira minha seria a bandeira da inclusão social. Nós podemos ter uma Salvador para todos, nós precisamos acreditar nisso, fazer um pacto social em que todo mundo possa colaborar, que todo mundo possa contribuir, entender o quanto que essa cidade é desigual. Essa cidade é brutalmente desigual. Uma cidade em que as pessoas se acostumaram com indicador de desemprego de dois dígitos. A gente tem 17% de desemprego na cidade. Uma cidade que se favelizou e a gente não tem nenhum projeto de urbanização de favelas. Não podemos achar que o pobre tem que ser tratado, nos bairros pobres, apenas com uma contenção de encosta. A contenção de encosta é muito importante, mas é uma política emergencial. Não é uma política de planejamento urbano. Nós temos que fazer uma política arrojada de planejamento urbano em Salvador, ter um programa de urbanização das favelas, um programa que possa enfrentar os principais gargalos que a cidade tem. Essa política não pode ser o toque de uma sirene em dia de chuva, mandando as pessoas saírem. Mas para onde? Sair para as escolas... E aí você provoca um novo problema social, ninguém pensa nisso? Quer dizer, os desabrigados saem de suas e vão para onde? Para as escolas. Então significa que o aluno deixa de ter aula porque a escola passa a ser ocupada pelos desabrigados. Nós temos aí dois problemas sociais. O que está sendo feito aí: é os pobres que se resolvam com os outros pobres. A infância pobre sai da escola e os desabrigados ocupam a escola. É isso que é política pública para os bolsões de miséria e pobreza de Salvador? Eu quero enfrentar isso, sei que não é fácil, mas eu sei que tenho vontade política, compromisso social real para enfrentar essa situação. Nós temos que ter, sim, planejamento urbano em Salvador. Eu quero ser prefeita para apostar no novo padrão de desenvolvimento de Salvador. Salvador é uma cidade linda, que tem um povo amistoso, todo mundo que chega aqui, é acolhido pelo povo de Salvador. Tem gente que vem passar o carnaval e, de repente, passa a morar em Salvador. Então, nós precisamos entender que nosso povo tem uma riqueza incalculável, uma sabedoria, a arte de driblar a miséria e existir. A gente tem que pegar isso fazer alguma coisa de bom com isso para devolver a essa população. É preciso apostar em um novo pacto social para Salvador. Eu quero fazer isso. Eu acredito que eu posso fazer isso. Eu acredito que quando as pessoas me olham, elas me enxergam como iguais: uma prefeita igual ao povo. É isso que eu quero ser. Uma prefeita que tenha a cara do povo, que o povo saiba que o que eu vou dizer não é um artifício eleitoral. Porque já chega de artifícios eleitorais. Que o povo entenda que aqui tem alguém que efetivamente se irmana com sofrimento desse povo. Eu quero fazer de Salvador uma cidade para todos. Sei que isso não é de maneira mágica, mas a gente pode apostar. Eu quero uma chance para fazer isso. É isso que eu quero. Eu me emociono, porque realmente eu estou muito assim, mobilizada, para esse desafio. Como eu disse, esse não será um desafio fácil, mas é um desafio do possível. É possível a gente fazer. Tem gente que diz assim 'Ah! Olívia é negra e vai cuidar só dos negros?'. Eu quero cuidar de todo mundo. Eu quero que as pessoas acreditem que eu posso ser uma prefeita de todas e todos. Que eu possa ser uma prefeita que una as pessoas, que não finja que a desigualdade não existe e que está tudo bem na favela. Não está tudo bem na favela. Eu quero que a trabalhadora doméstica, que trabalha na Barra, chegue lá com alguma dignidade. Que ela cuide de um filho que não é o filho dela, mas ela saiba que tem uma prefeita que está cuidando de construir creches. É possível a gente fazer creches. Vamos construir creches para a gente poder botar a infância que não tem oportunidade. Para ter oportunidade educacional digna. Estamos na era da inteligência artificial, estamos na era da tecnologia, enquanto nós ainda temos pessoas analfabetas. Pessoas que não concluíram o ensino médio. A gente não quer viver na cidade em que larga parcela da população, da juventude, sequer tem ensino médio. Esses meninos vão para onde? Eu não quero que os ricos tenham que se proteger dos pobres. Eu quero que a gente possa viver juntos. Eu quero que a gente tenha que viver juntos, sem tanta desigualdade. Desigualdade, quando ela é muito brutal, fica muito perigosa. E ninguém tem segurança, todo mundo vive uma cidade insegura, porque as pessoas ficam com medo do outro. É mais bacana que todo mundo diga 'eu quero ajudar', 'o que é que eu faço para gente melhorar para gente fazer esse pacto em favor de Salvador'. Eu quero que as pessoas que moram na orla, que moram na orla atlântica de Salvador, que as pessoas que moram na Barra, no Horto Florestal, nos bairros privilegiados de Salvador, digam assim 'eu tenho uma possibilidade de colaborar com esse projeto. Vamos fazer juntos, porque eu me importo'. A nossa campanha, a nossa candidatura é uma candidatura de gente que se importa com a outra pessoa, não é uma candidatura do poder ao individualismo, cada um que se vire. É por uma nova lógica mesmo. Eu só topo ser candidata porque eu sei que a gente pode liderar o processo de uma nova lógica para Salvador em um grande pacto. Será que a gente não pode ter um plano de urbanização de favelas que chegue na península itapagipana, que chegue ao Subúrbio de Salvador? Como é que o Subúrbio não tem faculdades? Como é que o Subúrbio não tem uma estrutura de educação, ciência, tecnologia. Que chegue ali e dignifique aquele povo. É possível dar condições de fazer creches, investir em ciência e tecnologia, na educação. A prefeitura pode articular atração de outros equipamentos educacionais, que possam chegar nesses lugares longínquos, para que as pessoas não tenham que ficar correndo somente para Centro e para a orla atlântica, onde se concentra a riqueza, o padrão de investimento público. Temos que descentralizar, cuidar de toda a cidade e abrir novas possibilidades de desenvolvimento nos rincões da própria cidade. São muitas Salvador dentro da própria Salvador. E é por isso que eu quero ser prefeita, pois quero ter essa oportunidade idade de liderar esse novo projeto. Não é uma candidatura contra alguém, é uma candidatura a favor da cidade.

AT - Acredita que Bruno Reis, candidato apresentado pelo prefeito ACM Neto (DEM), tenha favoritismo por ter a máquina pública municipal ao seu lado?

OS - Então... eu acho Bruno Reis, assim, meio insosso. Eu acho. Um negócio, assim, artificializado. Entendeu? É por que o prefeito quer, porque é amigo do prefeito, então Bruno Reis tem que governar Salvador? Eu não apostaria nessa alternativa. Mas é o candidato do prefeito. E o prefeito está trabalhando ele há mais de 3 anos. Foi uma escolha, ele tirou Célia Sacramento para apostar em Bruno Reis. E mesmo assim, três anos e mais alguns meses depois, Bruno Reis não decolou. Essa é a realidade. Mas eu acho... Eu não estou aqui para falar, dar opinião sobre candidato dos outros (risos). Que seja Bruno Reis (o candidato), agora, eu sou mais eu.

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