ELEIÇÕES 2024
Vota Bahia: Hamilton Assis chama Souto e Rui de "gerentes"
Por Anderson Sotero

O candidato ao Senado pelo PSOL, Hamilton Assis, disparou ontem críticas aos adversários na disputa, aos partidos DEM, PT, PSB e PMDB e às gestões do governador Jaques Wagner (PT) e do prefeito ACM Neto (DEM). Sobre os candidatos ao Palácio de Ondina Rui Costa (PT) e Paulo Souto (DEM), Hamilton disse que elegê-los seria "substituir um gerente pelo outro".
Para o psolista, a polarização nesta eleição apontada pelo candidato do PSD, Otto Alencar, entre democratas e petistas é uma farsa, por conta das duas administrações serem "praticamente semelhantes", sendo a do DEM pior porque esconde o real discurso que seria de "aprofundar privatizações".
Em entrevista ao A TARDE, publicada na terça-feira, Otto disse que o que está em jogo são os oito anos do candidato ao governo Paulo Souto (DEM) contra os do atual governador Jaques Wagner (PT).
"O que está em jogo é uma continuidade. Eles forjam uma briga nesse sentido. As propostas de Otto, Geddel (Vieira), Rui (Costa) e (Paulo) Souto têm proximidade muito grande porque a lógica do pensamento que envolve os seus planejamentos e ações está subordinada aos interesses das elites e principalmente dos grandes investidores, sobretudo os que financiam suas campanhas", afirmou.
"A gente provavelmente estará substituindo um gerente pelo outro. Governar não é gerenciar. É tomar decisão para atender aos interesses da população".
Como alternativa, Hamilton destacou o próprio partido. "A alternativa em relação a isso são as candidaturas do PSOL porque tem demonstrado nacionalmente que é um partido como alternativa. Seus parlamentares no Congresso Nacional tem ganhado prêmios sistematicamente e são cotados como os melhores parlamentares, a exemplo do Jean Wyllys, Chico Alencar, Ivan Valente".
Hamilton participou ontem do projeto Vota Bahia - uma parceria da TV Aratu e grupos A TARDE e Metrópole - e deu entrevista à reportagem e ao apresentador Casemiro Neto, do programa Que Venha o Povo. "O Senado é um espaço extremamente elitista. Só de estar concorrendo, já estamos quebrando um paradigma porque na história da Bahia tivemos poucas oportunidades de ter um trabalhador negro vindo das classes populares candidato ao Senado", ressaltou.
Financiamento
Os tiros do psolista tiveram como alvo também os financiamentos de campanha, que, segundo ele, comprometem a atuação do parlamentar e, no caso do Executivo, o planejamento público porque "estarão sempre subordinados aos interesses dos grandes grupos econômicos que apoiaram as candidaturas".
"Financiar campanha não é doar dinheiro. É investir. O retorno é geralmente dez vezes maior. As empresas têm cartas marcadas no governo ou as licitações não são transparentes como deveriam ser. Isso proporciona que as mesmas empresas acabem se beneficiando". O candidato do PSOL considera que projetos do DEM e do PT estão associados a esses esquemas.
A metralhadora do discurso do psolista ainda mirou os concorrentes. "A ligação de Geddel com o carlismo é histórica. Ele está voltando para casa. Nunca esteve longe. O Otto foi um dos homens de confiança do ex-senador Antonio Carlos Magalhães. A Eliana Calmon estreia e se notabilizou pelo combate à corrupção no Judiciário, mas a vinculação dela ao PSB acaba comprometendo ela porque é um partido que esteve no governo Lula, esteve no de Dilma, no de Wagner e também é responsável pelo que vem acontecendo hoje", resumiu.
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