ELEIÇÕES 2022
Instituto AtlasIntel previu crescimento de Jerônimo
Para o CEO da AtlasIntel, Andrei Roman, esse foi um fator determinante para o pleito
Por Dante Nascimento

Apesar de desconhecido de parte da população baiana na largada da campanha eleitoral, Jerônimo Rodrigues (PT) já poderia ser considerado favorito por causa do papel desempenhado por Luiz Inácio Lula da Silva na disputa local. Para o CEO da AtlasIntel, Andrei Roman, esse foi um fator determinante para o pleito, num estado cuja maioria do eleitorado, segundo ele, é do campo da esquerda.
“Você tem de um lado a fortaleza do PT e do Lula. Isso desde o início implicava que Jerônimo seria o favorito, igual já aconteceu em corridas passadas. Essa é a quinta corrida basicamente que replica o mesmo fenômeno, uma comprovação de uma estrutura de identificação política muito clara, onde a maioria do eleitorado tem essa opção, no contexto da Bahia, pela esquerda”, afirma.
Ainda no início da campanha, a AtlasIntel já apontava tendência de crescimento de Jerônimo Rodrigues (PT) e, avançado o processo eleitoral, a conquista da liderança na disputa ao Governo da Bahia. Na pesquisa do dia 21 de setembro, o petista tomou a dianteira de ACM Neto (União Brasil) e assim se repetiu por mais sete vezes até hoje.
Reconhecimento
A liderança de Jerônimo Rodrigues expõe uma aparente contradição quando se verifica o fato dele ser menos conhecido do público do que ACM Neto.
Questionados se “conheciam bem” o petista, 38% disseram que sim, 28% que “já ouviram falar” e 34% afirmaram não conhecer de fato. Basta dizer que o ex-prefeito de Salvador é “bem conhecido” por 66%, índice muito superior, o que contribui para explicar o peso e a influência que a imagem de Lula, atrelada a Jerônimo, conseguiu produzir na Bahia.
Não foi coincidência quando as urnas, abertas em 2 de outubro, deram 49,45% dos votos para o petista, e confirmaram o resultado apontado pelo instituto AtlasIntel, o mais preciso entre todas as análises de cenário feitas pelas empresas de pesquisas.
A disputa que se seguiu no segundo turno demonstrou um acirramento das duas campanhas, dando sentido à conhecida competitividade que tem marcado as eleições no estado na última década.
“Tanto se falava de virada na Bahia que talvez seja uma virada o ACM ganhar, por exemplo, isso seria uma virada. Mas se não foi uma virada no Jerônimo, foi uma comprovação de uma dinâmica política que já vimos em quatros eleições anteriores. Então, isso se manteve constante”, analisa Andrei Roman.
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