CASA PICHADA
“Não me enxergam nesse lugar”, diz candidato sobre ataques racistas
Postulante ao cargo de deputado federal, Mazo não fala em dar queixa, mas pede para ataques pararem
Por Da Redação
Um ato de violência política em frente à residência do candidato a deputado federal pela Bahia Damazio Santana (PSB), mais conhecido como Mazo, nesta terça-feira, 20, comoveu pessoas próximas ao postulante a uma vaga na Câmara.
Em publicação na sua conta do Instagram em que relata que teve a casa pichada com a mensagem “fique na senzala”, Mazo diz que a violência sofrida tem a ver com a não aceitação do lugar que ele pleiteia ocupar.
“Quando trabalhei no shopping como vendedor, as pessoas me enxergavam nesse lugar e aceitavam. Agora que quero ser Deputado Federal, as pessoas não me enxergam nesse lugar e não aceitam”, relata.
Em um vídeo publicado há dez dias, quando outros ataques racistas já aconteciam, Mazo pediu para que os autores dessas violências repensassem suas atitudes. “Não faça mais isso não. Você não ganha nada com isso”, disse.
Mazo relatou que as ofensas tem acontecido por telefone e na rua. “Eu acho isso muito pequeno, chato e acaba despertando muitos gatilhos da infância”. O candidato optou pelo pedido para que novos ataques não sejam feitos ao invés de dizer que medidas judiciais serão tomadas contra os responsáveis.
Presidente da sigla da qual Mazo é filiado, a deputada federal Lídice da Mata emitiu nota pedindo rigor das autoridades na apuração do caso.
“Repudiamos o ataque racista proferido contra o nosso candidato a deputado federal Mazo Santos (@mazo4041). Nos últimos quatro anos, a violência política foi intensificada no Brasil com agressões a negros, LGBTQIA+ e até assassinatos por divergências ideológicas. É preciso que a polícia apure e puna o autor deste absurdo. O racismo é crime inafiançável e merece ser combatido a todo o momento. Nos solidarizamos com Mazo que é um homem negro que assim como tantos outros é discriminado pela cor da sua pele e pelo seu tipo de cabelo, o que o torna vulnerável a algum tipo de violência. Basta de racismo!”, escreveu a correligionária de Mazo.
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