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ATO DE CAMPANHA

Bolsonaro "sequestra" o 7 de setembro e faz comício oficial

Opositores denunciam abuso de poder político e o uso de dinheiro público para promoção do presidente

Alan Rodrigues

Por Alan Rodrigues

07/09/2022 - 19:33 h | Atualizada em 07/09/2022 - 19:43
Presidente utilizou o sete de setembro para fazer campanha junto aos seus apoiadores
Presidente utilizou o sete de setembro para fazer campanha junto aos seus apoiadores -

O que deveria ser uma grande celebração pelo bicentenário da independência do Brasil se transformou num mega-comício, patrocinado com dinheiro público para favorecer o atual ocupante da Presidência da República.

Essa foi a análise dos principais adversários do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, que se aproveitou da data para promover ataques ao ex-presidente Lula, defender bandeiras de campanha e ameaçar, ainda que veladamente, a democracia.

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Advogados da campanha de Lula estudam ingressar com ação denunciando abuso de poder político, devido ao tempo de exposição que o discurso do presidente teve na mídia, o que segundo os advogados, retira a "equidade" entre os candidatos.

Imagem ilustrativa da imagem Bolsonaro "sequestra" o 7 de setembro e faz comício oficial
| Foto: CARL DE SOUZA | AFP

Bolsonaro discursou para uma multidão na esplanada dos ministérios logo após o desfile oficial. Sem a faixa presidencial, ele falou de cima de um carro de som, acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, do empresário Luciano Hang, do vice-presidente Hamilton Mourão e do candidato a vice nas eleições deste ano, general Braga Neto.

Em discurso direcionado aos seus seguidores, Bolsonaro reafirmou as pautas em defesa da família, contra o aborto, a legalização das drogas e o que ele chama de “ideologia de gênero”, e destacou que o Brasil é um país predominantemente cristão.

Citando rupturas na história brasileira, Bolsonaro disse que a história pode se repetir. Em tom de ameaça, disse que a eleição é a luta do bem contra o mal e anunciou que, caso reeleito, vai promover um alinhamento entre os poderes.

"Podem ter certeza é obrigação de todos jogarem dentro das 4 linhas da Constituição. Com uma reeleição, tratemos para dentro das 4 linhas todos aqueles que ousam ficar fora delas", disse o presidente, em alusão direta ao Supremo Tribunal Federal (STF), a quem acusa de agir fora dos limites legais.

“Imbrochável”

Durante o discurso, Bolsonaro buscou destacar o seu lado familiar e protagonizou uma demonstração explícita de machismo ao comparar a primeira-dama Michelle Bolsonaro com outras esposas de candidatos. O presidente aconselhou seus apoiadores a encontrarem a sua “princesa” e, após beijar a esposa, puxou um coro de "imbrochável" direcionado a ele mesmo.

De Brasília, Bolsonaro seguiu para o Rio de Janeiro, onde milhares de pessoas o aguardavam. Em São Paulo, houve aglomeração na avenida paulista. A expectativa era de uma transmissão do discurso do presidente, o que não aconteceu.

No Rio, Bolsonaro se deslocou em motociata até Copacabana. No trajeto, muitas manifestações de apoio mas também alguns protestos. Um manifestante chegou a ser detido. A suspeita é de que ele estaria com uma faca, o que não foi confirmado.

Entre os manifestantes havia cartazes pedindo intervenção militar e fechamento do STF. Ao longo da avenida Atlântica, carros de som reproduziam discursos de religiosos e políticos.

No discurso para os cariocas, Bolsonaro repetiu o roteiro de Brasília mas subiu o tom contra os adversários. Em alusão direta ao ex-presidente Lula, líder das pesquisas de intenção de voto, disse que é preciso "extirpar" o rival.

Imagem ilustrativa da imagem Bolsonaro "sequestra" o 7 de setembro e faz comício oficial
| Foto: CARL DE SOUZA | AFP

Quadrilheiro

Bolsonaro pediu aos apoiadores que comparem Venezuela, Argentina e Nicarágua, e afirmou que os governos desses países têm em comum a amizade do "quadrilheiro de nove dedos". Ele também se comparou ao ex-presidente.

"Eu não sou educado, falo palavrão, mas não sou ladrão", disse o presidente, que

eixou o local dizendo que iria ao Maracanã ver o jogo do Flamengo contra o Vélez Sarsfield, da Argentina, pela semifinal da Libertadores.

Equidade

Integrantes da equipe jurídica do ex-presidente Lula disseram que estudam questionar o presidente por abuso de poder e condutas vedadas pela Constituição. Segundo advogados, Bolsonaro usou a exposição de um evento oficial e estruturas públicas para beneficiar sua candidatura. Eles alegam que o tempo de exposição que o discurso do presidente teve na mídia retira a "equidade" entre os candidatos.

Ciro Gomes, do PDT, postou vídeo onde acusa Bolsonaro de transformar “um ato cívico em um comício com milhões de recursos públicos envolvidos” e pediu que os tribunais atuem na apuração dos excessos cometidos pelo presidente.

A candidata Simone Tebet (MDB) classificou de “masculinidade tóxica e infantil” as declarações de Bolsonaro sobre a primeira-dama. A campanha da candidata não pretende ingressar na justiça, porque entende que poderia atrasar a apreciação das ações movidas por outros partidos.

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