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25/08/2022 às 21:12 • Atualizada em 25/08/2022 às 22:12 - há XX semanas | Autor: João Guerra

SABATINA

Lula critica a Lava Jato: "Ultrapassou o ambiente da investigação"

Candidato à Presidência foi entrevistado pelo Jornal Nacional na noite desta quinta-feira, 25

Imagem ilustrativa da imagem Lula critica a Lava Jato: "Ultrapassou o ambiente da investigação"
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Na noite desta quinta-feira, 25, foi a vez do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência da República nas eleições deste, ser sabatinado no Jornal Nacional da TV Globo. O petista foi indagado inicialmente sobre o tema da corrupção e os escândalos que aconteceram na Petrobras durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

O petista reconheceu que houve corrupção, mas que elas só vieram à tona por causa dos movimentos feitos durante as gestões do PT para o fortalecimento dos órgãos fiscalizadores e de investigação.

“Durante cinco ano eu fui massacrado e estou tendo a primeira oportunidade de poder falar disso abertamente ao vivo com o povo brasileiro. A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada. E eu queria começar dizendo uma coisa muito séria: foi no meu governo que a gente criou o Portal da Transparência, que a gente colocou uma equipe para fiscalizar, que a gente fez acesso à informação, a lei contra o crime organizado, a lei contra a lavagem de dinheiro”, disse.

O ex-presidente criticou ainda a forma de atuação da Lava Jato que, de acordo com ele, teve como consequência o esvaziamento de setores da economia brasileira, bem como o descrédito na estatal da área de petróleo e na própria instituição do Ministério Público. “A Lava Jato errou porque ultrapassou o ambiente da investigação e foi para a política. Avisei a Moro que isso ia acontecer”.

“Quero voltar à Presidência. Em qualquer hipótese, se alguém cometer qualquer crime, por menor ou por maior que seja, essa pessoa será investigada, julgada, punida ou absolvida”, declarou o petista.

Lula também fez críticas a sigilos decretados no governo Jair Bolsonaro (PL) e à ação do procurador-geral da República, Augusto Aras, chamado por ele de "engavetador".

“Eu poderia fazer decreto de 100 anos. Sabe decreto de sigilo? Que está na moda agora. Eu poderia para não apurar nada, colocar 100 anos de sigilo. Ou eu poderia não investigar, colocar um tapetão em cima de qualquer denúncia, e nada vai ser apurado e não vai ter corrupção”, declarou.

“Eu poderia ter escolhido um promotor engavetador. Sabe aquele amigo que você escolhe e que nenhum processo vai para frente? Mas escolhi da lista tríplice. Poderia ter escolhido um delegado da polícia federal que eu pudesse controlar. Não fiz”, disse.

Relação com o Congresso

O ex-presidente foi perguntado como pretende se relacionar com o Congresso, caso seja eleito. Se vai se render aos chamados partidos do Centrão para governar e sem seguir na política do “toma lá dá cá”. Ele disse que pretende manter um governo de coalizão, mas sem ter uma postura passiva como a que, de acordo com ele, o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) e o comparou a um “bobo da corte”.

"O Bolsonaro não manda nada. O Bolsonaro é refém do Congresso Nacional. O Bolsonaro sequer cuida do orçamento. O orçamento quem cuida é o (Arthur) Lira (presidente da Câmara). Ele que libera a verba. O ministro liga para ele, não liga para o presidente da República. Isso nunca aconteceu desde a Proclamação da República", destacou e, em seguida, emendou, Em seguida, ele emendou, "O Bolsonaro parece o bobo da corte. Ele não coordena o orçamento".

Economia

Quando a sabatina foi tratar a respeito de qual política econômica o ex-presidente pretende desenvolver, se a que teve durante a sua gestão ou se a que foi desenvolvida durante os anos de governo da ex-presidente Dilma Rousseff, Lula reconheceu alguns erros de sua sucessora, mas avaliou que ela foi prejudicada pelo presidente da Câmara na época, o ex-deputado federal Eduardo Cunha.

De acordo com o candidato do PT, Dilma desempenhou um papel fundamental quando foi sua ministra da Casa Civil, mas, quando foi presidente, errou ao segurar o preço dos combustíveis e ao conceder desonerações da folha de pagamentos e isenções de impostos.

Além disso, as perspectivas de que 2023 seja um ano difícil para a economia brasileira, o sabatinado foi perguntado sobre como enfrentará a crise econômica. Lula, então, relembrou que viveu situação semelhante na época que venceu a sua primeira eleição.

"Meus economistas diziam que o Brasil estava quebrado. Peguei o país com mais de 10% de inflação, desemprego de 12%, devendo ao FMI. Reduzimos a inflação para a meta durante todo o meu período, a dívida pública caiu de mais de 60% para 39% do PIB, tínhamos reserva e ainda emprestamos para o FMI."

Agronegócio

Outro ponto da sabatina foi a respeito da relação do petista com os produtores do agronegócio, que têm uma proximidade maior com Jair Bolsonaro. Os entrevistadores questionaram se isso é por causa de bandeiras do PT e de aliados de apoiar pautas relativas às políticas de defesa da Amazônia, do Pantanal e da Mata Atlântica e ao controle do desmatamento. "Esse é o agronegócio fascista e direitista. O empresário sério, que exporta, quer preservar", diminuiu a questão.

De acordo com ele, o atual governo tem fomentado o conflito no campo por facilitar a aquisição de armamentos por parte de produtores rurais. "Nós queremos pacificar o país. O Brasil pode ter tanto o grande quanto o pequeno produtor."

O candidato petista também tranquilizou os empresários do agronegócio no que se refere às ocupações do MST. "O MST está fazendo uma coisa extraordinária hoje, que é cuidar de produzir. O MST de 30 anos atrás não existe mais", disse.

Luiz Inácio Lula da Silva foi o terceiro entrevistado entre os quatro mais bem colocados na corrida presidencial deste ano. Nesta sexta-feira, 26, será a vez da candidata do MDB, Simone Tebet, ser sabatinada no Jornal Nacional. Na segunda, 22, foi a vez de Jair Bolsonaro (PL) e, na terça, 23, Ciro Gomes (PDT) foi o entrevistado.

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