PARTIDO RACHADO
“Movimento arquitetado”, diz Amoêdo após suspensão do NOVO
Ex-presidente do NOVO disse que comissão foi formada com intenção de puni-lo por declarar voto em Lula
Por Da Redação
Ex-presidente e um dos fundadores do partido NOVO, João Amoêdo disse ter ficado surpreso e indignado após a suspensão da sigla por declarar voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o empresário, que foi candidato à presidência em 2018 pelo partido, a medida adotada pela legenda é para constranger os membros que declararam voto no petista.
"Recebi com surpresa e indignação a suspensão da minha filiação ao NOVO e o pedido para minha expulsão do partido por ter declarado o voto em Lula no segundo turno”, diz trecho da nota divulgada por Amoêdo nesta quinta-feira, 27.
De acordo com o ex-presidente do NOVO, a ação foi arquitetada por dirigentes da legenda. A decisão foi tomada por quatro votos a três pela Comissão de Ética Partidária. Segundo ele, três dos quatro votos que optaram pela suspensão vieram de membros escolhidos para o colegiado nos últimos dias, dando a entender que a comissão foi formada já com o intuito de penalizá-lo.
“Três dos quatro membros que votaram pela minha suspensão foram incorporados à Comissão de Ética nas duas últimas semanas. Todos os mandatários que assinaram o pedido de suspensão e a expulsão declararam voto em Bolsonaro no segundo turno, e um deles é coordenador estadual de campanha do presidente”, acusa Amoêdo em outro trecho da nota.
O Novo, que liberou os partidários a votarem de cordo com a “consciência” no segundo turno, não justificou a suspensão do ex-presidente.
A partir da decisão do partido, Amoêdo tem 10 dias para apresentar a sua defesa pela permanência na sigla. Na nota divulgada, ele reafirmou que votará em Lula no dia 30.
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