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Forças Armadas preparam fiscalização paralela das eleições

Objetivo é montar uma equipe paralela para verificar a lacração das urnas, autenticidade, integridade e contagem dos votos

Publicado terça-feira, 12 de julho de 2022 às 08:08 h | Atualizado em 12/07/2022, 08:19 | Autor: Da Redação
As urnas eletrônicas têm sido alvo do governo, que usa as Forças Armadas para questionar, sem provas, o processo eleitoral
As urnas eletrônicas têm sido alvo do governo, que usa as Forças Armadas para questionar, sem provas, o processo eleitoral -

Se depender das Forças Armadas, o clima vai continuar tenso com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Em mais uma provocação ao órgão, lançando suspeição sobre as eleições, Exército, Aeronáutica e Marinha pretendem por em prática em outubro um programa de fiscalização do processo eleitoral em oito etapas, segundo informação do Estadão.

O plano de fiscalização envolve a lacração das urnas, autenticidade e integridade e verificação dos votos. 

O Ministério da Defesa já avisou ao Tribunal desta intenção e cobra informações técnicas. São 12 pontos, desde documentos relacionados às eleições passadas até detalhes sobre o programa que seleciona, por sorteio, as seções eleitorais em que urnas eletrônicas são testadas.

Nos últimos 80 dias, foram enviadas mais de 80 questionamentos ao TSE sobre as eleições. Alegando não ter tido respostas, o Ministério da Defesa instituiu uma equipe de oficiais com o propósito de produzir um roteiro para atuação dos militares.

Agora, a estratégia do governo vai além de sugestões para aprimorar a segurança e integridade das eleições. Ao que perece, a intenção é conturbar o processo eleitoral ao tentar criar uma falsa desconfianças nas urnas eletrônicas. De acordo com o jornal, a campanha à reeleição de Bolsonaro quer que as Forças Armadas façam uma contagem de votos paralelamente a oficial.

Apesar disso, em público, o governo diz que a palavra final será sempre do TSE.

“Estamos com plano de ação para cada uma dessas oito fases, para que, na hora da fase propriamente dita, por exemplo, na lacração do sistema, estejamos presentes para perguntar, verificar, questionar os procedimentos e propor alguma coisa”, disse o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, em audiência na Câmara.

O TSE confirmou ter sido avisa pelo Ministério da Defesa das intenções envolvendo as Forças Armadas, comunicou que o prazo para as “entidades fiscalizadoras” se inscreverem terminou no dia 8 de julho. Agora, a Corte vai apresentar um calendário de auditorias.

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