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Nenhum ataque programado às urnas eletrônicas foi bem-sucedido, diz Barroso

Publicado segunda-feira, 29 de novembro de 2021 às 18:54 h | Atualizado em 29/11/2021, 18:58 | Autor: Da Redação
Ataques programados ocorreram na 6ª edição do Teste Público de Segurança (TPS) | Foto: José Cruz | Agência Brasil
Ataques programados ocorreram na 6ª edição do Teste Público de Segurança (TPS) | Foto: José Cruz | Agência Brasil -

Dos 29 ataques realizados às urnas eletrônicas na 6ª edição do Teste Público de Segurança (TPS), cinco conseguiram passar a barreira de segurança, revelou, nesta segunda-feira, 29, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, segundo o presidente do órgão, ministro Luís Roberto Barroso, nenhum deles foi bem-sucedido.

De acordo com informações da CNN, o ataque mais grave foi o quinto, realizado por peritos da Polícia Federal que conseguiram invadir a rede de transmissão de votos das urnas e entrar na rede do TSE. Porém, os técnicos não conseguiram mexer no sistema ou adulterar algum voto. Barroso considerou que “a entrada já é uma preocupação”, que será averiguada pelo órgão.

Apesar de menos relevantes, os quatro ataques restantes também apresentam certo risco. No primeiro, um painel falso, acoplado sobre o painel da urna, conseguiu ler os votos depositados.

O segundo ataque, por sua vez, foi com o desembaralhamento do boletim de urna, cédula impressa com a totalização dos votos da urna após o fim do pleito. Os resultados são repassados para o sistema do TSE embaralhados para não acontecer vazamento de dados sigilosos, mas os hackers conseguiram fazê-lo.

Barroso disse não ter relevância no ataque pelo fato do boletim já ser público, sendo distribuído aos fiscais dos partidos após a votação, e ser uma tecnologia ultrapassada.

No terceiro ataque, a barreira de segurança da rede de transmissão foi invadida, mas os hackers foram detidos na barreira de segurança na entrada da rede do TSE. Barroso afirmou que isso representa uma ameaça e os técnicos “vão estudar como isso pode acontecer”.

O quarto ataque ocorreu no fone de ouvido da urna, utilizado por pessoas que possuem deficiência visual para que consigam votar. Neste caso, são emitidas as explicações e o eleitor dita seu voto.

Através de um equipamento com tecnologia bluetooth, foi possível transmitir para outra pessoa o que estava sendo dito na cabine. Tal intervenção só impactaria o voto das pessoas que precisassem utilizar esse sistema, com alguém acoplando o equipamento na parte de trás da urna.

Em maio de 2022 será realizado o chamado “teste de confirmação” para averiguar se as mudanças realizadas no sistema das urnas eletrônicas foram efetivas.

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