PLANO B
Tasso abre mão de ser vice de Tebet; Cidadania deve indicar outro nome
Senador do PSDB reitera apoio à candidatura mas não deve concorrer nas eleições
Por Da Redação
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) desistiu de ser o candidato a vice na chapa presidencial da também senadora Simone Tebet (MDB-MS). Defensor da candidatura da colega emedebista, Tasso mantém o apoio a Tebet, mas preferiu abrir espaço para outro nome.
A mais cotada é a senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão), partido que integra a federação formada com o PSDB. Simone Tebet acredita que o cearense pode contribuir de outras formas para sua campanha caso não esteja na chapa.
“Tasso é um irmão político que tenho, uma das últimas referências vivas ativas daquela velha guarda da grande política que resolvia os problemas reais do Brasil. Ele estará como vice, ou no palanque, ou como coordenador da nossa campanha”, declarou a emedebista em entrevista na segunda-feira, 25, à Globonews.
O ex-presidente Lula (PT) chegou a ligar para Tasso no domingo, 24, para pedir apoio do PSDB ao pré-candidato do PT ao governo do Ceará, Elmano de Freitas. O PSDB também avalia apoiar o PDT de Ciro Gomes no Estado. Não há ainda uma definição sobre uma aliança entre tucanos e petistas no Ceará e, de acordo com aliados de Tasso, uma decisão só deve ser tomada em agosto, perto do fim do prazo das convenções, que se encerra dia 5.
Por meio de nota, Tasso falou sobre sua decisão. “Fui um dos primeiros a manifestar meu entusiasmo pela candidatura da Simone. Acho uma candidatura preparadíssima, e ela é capaz de unir o Brasil”, diz o texto. “No entanto, a definição da vice depende de uma série de conversas e entendimentos internos de sentido político e eleitoral, em que o propósito final será encontrar aquilo que seja o melhor para a candidatura. Qualquer que seja a decisão, estarei do lado dela.”
O MDB deve confirmar nesta quarta-feira, 27, o nome de Tebet como candidata a presidente. O evento vai ser virtual. Uma ala do partido, que prefere apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno, tentou adiar a convenção e fazer com que a reunião fosse presencial, mas não teve sucesso.
Mesmo com o apoio formal do PSDB ao MDB na eleição presidencial, os diretórios estaduais tucanos já decidiram apoiar outros presidenciáveis. Em Minas, o PSDB já declarou apoio a Ciro Gomes (PDT), e em São Paulo e no Rio Grande do Sul, o partido abriu palanque para Luciano Bivar (União Brasil). Dos nove Estados onde o PSDB vai ter candidato a governador (SP, MG, SE, PB, PE, MS, RS, GO e DF) o MDB já decidiu que irá concorrer contra eles em sete.
Até agora o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que concorre à reeleição, é o único tucano a ter o apoio do MDB. No Rio Grande do Sul há uma articulação para que Eduardo Leite (PSDB) tenha o apoio dos emedebistas, mas ainda sem conclusão.
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