POLÍTICA
Empresas investigadas por descontos em aposentadorias fecham as portas
Em alguns casos, Justiça não tem conseguido entregar intimações
Por Redação

As entidades que estão sendo investigadas pela Polícia Federal (PF) em virtude da aplicação e descontos ilegais em pensões e aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm encerrados as atividades após o descobrimento do escândalo.
De acordo com o G1, as medidas têm dificultado a Justiça de entregar intimações e o processo seguir o fluxo natural. Oficiais não estão conseguindo encontrar as associações para notificá-las em processos.
Em Aracaju (SE), a Universo Associação de Aposentados e Pensionistas dos Regimes Geral da Previdência Social (AAPPS Universo) não funciona mais no endereço onde estava instalada no ano passado.
Segundo a investigação da PF e da CGU, a AAPPS Universo descontou diretamente das folhas de pagamento de aposentados e pensionistas quase R$ 88 milhões entre 2022 e 2024. A suspeita é que boa parte dos descontos não tenha sido autorizada pelos beneficiários.
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Em Fortaleza (CE), a sede da Associação de Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen) está fechada desde 28 de abril — três dias após a deflagração da Operação Sem Desconto.
Em Brasília, a sede da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) também está fechada.
De 2019 a 2024, a Conafer descontou de aposentados R$ 484,4 milhões. A entidade começou a ser investigada em 2021, após denúncia de um empresário à Polícia Civil de Brasília.
Investigações
Atualmente, há 13 inquéritos da PF em andamento em estados como São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Sergipe e Distrito Federal. A estimativa é que cerca de 30 entidades tenham realizado descontos ilegais. Quando a Operação Sem Desconto foi deflagrada, em abril, 11 associações já eram formalmente investigadas.
Segundo cálculos da PF e da CGU, o esquema pode ter desviado até R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024, atingindo milhares de aposentados.
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