POLÍTICA
Ex-assessor de Bolsonaro troca defesa em ação que investiga golpe
Filipe Martins atuou como assessor internacional no governo de Jair Bolsonaro
Por Redação

O ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins, alterou sua banca de defesa na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022.
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Conforme apuração da CNN, Jeffrey Chiquini, o novo advogado de Martins já está familiarizado com o caso. Ele também atua para Rodrigo Bezerra Azevedo, militar do Exército apontado pelas investigações como um “kid preto” (forças especiais) que teria dado apoio ao plano de mortes contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
“Desde já, reafirmamos, de forma categórica, sua inocência — a qual será devidamente demonstrada e comprovada durante a instrução processual, com início previsto para o dia 14 de julho”, afirmou o advogado em nota.
Tentativa de Golpe
A tentativa de golpe no Brasil em 2023 teve como pano de fundo a não aceitação dos resultados das eleições presidenciais de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva. Após a derrota de Jair Bolsonaro, setores radicais ligados ao então presidente passaram a questionar a legitimidade do pleito, disseminando desinformação e incentivando atos antidemocráticos.
O episódio mais grave ocorreu em 8 de janeiro de 2023, quando milhares de manifestantes bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, numa ação orquestrada que visava desestabilizar o governo recém-empossado.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal apontaram a existência de uma articulação anterior ao 8 de janeiro, envolvendo militares da reserva e aliados políticos de Bolsonaro.
O núcleo central do plano teria elaborado minutas de decretos para instaurar estado de sítio e anular as eleições, com apoio de setores das Forças Armadas. A delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fortaleceu as suspeitas de que o próprio ex-presidente tinha conhecimento e incentivava a trama golpista. O caso segue em apuração no STF, com possíveis desdobramentos criminais contra autoridades de alto escalão.
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