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Flávio Bolsonaro tenta indicar novo corregedor em órgão central em sua defesa nas 'rachadinhas'

Publicado sexta-feira, 10 de setembro de 2021 às 08:51 h | Atualizado em 10/09/2021, 08:55 | Autor: Da Redação
A defesa do senador alega que ele teve os dados acessados ilegalmente | Foto: Waldemir Barreto | Agência Senado
A defesa do senador alega que ele teve os dados acessados ilegalmente | Foto: Waldemir Barreto | Agência Senado -

O senador Flávio Bolsonaro (Patriotra-RJ) tem como objetivo nos últimos três meses indicar seu nome de preferência na Corregedoria-Geral da Receita Federal, órgão central para anular a origem da investigação do caso da "rachadinha". O filho do presidente é investigado há anos por se benceficiar de um esquema de devolução de salários de assessores fantasmas em seu gabinete enquanto deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

Flávio quer a nomeação do auditor fiscal aposentado Dagoberto da Silva Lemos. O ex-diretor do Sindifisco (sindicato da categoria) teve, na primeira metade de julho, reunião com o presidente Jair Bolsronaro e o senador para debater sua futura atuação no cargo. As informações são da Folha de S.Paulo.

A liderança na Corregedoria-Geral da Receita Federal está vaga desde julho, quando encerrou o mandato de três anos do antigo corregedor, José Pereira de Barros Neto. O secretário-especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto indicou o auditor Guilherme Bibiani para o cargo.

A escolha de Flávio por Lemos existe com o alinhamento do auditor aposentado de que existe uma prática de acesso ilegal a dados fiscais de servidores. A tese é usada pelo senador como forma de anular a origem das investigações sobre as "rachadinhas". O senador diz que teve seus dados fiscais acessados irregularmente.

Desde o ano passado, a defesa do senador alega que ele teve os dados acessados ilegalmente para fornecer informações ao relatório do Coaf, órgão de inteligência financeira que apontou as movimentações suspeitas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

Em nota, Flávio Bolsonaro negou participação na escolha do futuro corregedor e disse que "essa decisão cabe ao presidente da República", embora a lei dê essa atribuição ao secretário da Receita.

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