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Governo do Amazonas diz que Exército negociou com golpistas em quartel

Comando Militar da Amazônia disponibilizou prédio para que manifestantes guardassem pertences e materiais

Publicado segunda-feira, 16 de janeiro de 2023 às 11:51 h | Autor: Da Redação
PGE informou à Justiça que não houve auxílio das Forças Armadas à Polícia Militar no cumprimento da missão
PGE informou à Justiça que não houve auxílio das Forças Armadas à Polícia Militar no cumprimento da missão -

O Comando Militar da Amazônia (CMA) disponibilizou o prédio onde funciona a sede da corporação, em Manaus, para que manifestantes acampados em frente ao quartel pudessem guardar pertences e materiais utilizados nos atos golpistas. 

De acordo com documentos da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) enviados à Casa Civil e ao Judiciário, além de ter servido como almoxarifado para os atos antidemocráticos, a instituição recebeu, de forma individual, integrantes das manifestações criminosas para negociações diferentes das que foram tratadas em reuniões do gabinete de crise, em conjunto com a Polícia Militar.

A PGE reforçou o descumprimento das determinações e informou à 1ª Vara Federal que "não houve qualquer auxílio das Forças Armadas à Polícia Militar para o cumprimento da missão". "A PM foi obrigada a atuar apenas com seus próprios recursos militares".

A retirada dos bolsonaristas da frente do CMA ocorreu na última segunda-feira, 9, depois da ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) e da 1ª Vara Federal do Amazonas que determinou o fim do acampamento. Depois do cumprimento da decisão e desocupação da área, a SSP informou, por meio de nota, que a ação foi cumprida por cerca de 200 agentes de vários órgãos e que não houve necessidade do uso da força física. 

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