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ENTREVISTA – IVANA BASTOS

‘Há 12 anos que meu projeto é ser presidente da Alba’, diz Ivana Bastos

Presidente da Alba diz, em entrevista a A TARDE, que vai trabalhar para fortalecer a defesa das mulheres

Por Divo Araújo

24/03/2025 - 6:00 h | Atualizada em 24/03/2025 - 6:50
Deputada Ivana Bastos, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia
Deputada Ivana Bastos, presidente da Assembleia Legislativa da Bahia -

A nova presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputada Ivana Bastos (PSD), é uma mulher determinada. Vinda de uma família de políticos, enfrentou três derrotas em eleições consecutivas antes de conquistar uma cadeira na Alba. E com uma ironia do destino: em todas, ficou na primeira suplência, sem assumir o mandato por um único dia, como lembra nesta entrevista exclusiva ao A TARDE. “Eu tive todos os motivos da minha vida para não ser política”, conta.

Agora, em seu quarto mandato, Ivana Bastos faz história ao assumir a presidência da Assembleia, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo em 190 anos. “Há 12 anos estou nessa batalha. E chegar agora, em março, mês em que celebramos o Dia Internacional da Mulher... Tudo é muito simbólico.” No comando da Casa, após substituir o deputado Adolfo Menezes (PSD), cuja reeleição foi impugnada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ela diz que trabalhará para ampliar a aprovação de projetos de deputados e fortalecer a defesa das mulheres.

Confira a entrevista completa com Ivana Bastos abaixo:

A senhora é a primeira mulher a assumir a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia em 190 anos. Qual é a sensação de fazer história?

A sensação é de alegria, de você voltar lá atrás e ver quando tudo começou. Há 12 anos que o meu projeto é ser presidente da Assembleia da Bahia. Fui nessa direção e, há 12 anos, estou nessa batalha. E chegar agora, no mês de março, o mês em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher... Tudo é muito simbólico, as coisas se encaixam. Ser a primeira mulher nesse cargo em 190 anos é história, é muita responsabilidade. Mas me sinto preparada. Estou chegando com muita força, muita vontade, e isso vale muito. Estou chegando com a determinação de representar e começar a fazer história em nome de todas as mulheres.

Em sua visão, por que foram necessários quase 200 anos para uma mulher alcançar a presidência do Poder Legislativo na Bahia?

Demorou muito, não foi fácil chegar até aqui. Costumo dizer que tudo para nós, mulheres, é um parto. Mas a gente sorri no parto, porque a gente gera vida. Acredito que isso pode incentivar muito mais mulheres a virem para a política. Tenho recebido no meu WhatsApp, nas minhas redes sociais, muitas mensagens dizendo: “Você está me inspirando”. Eu vou continuar nessa jornada e acho que isso já é um legado muito positivo que a gente já começa a marcar: incentivar mais mulheres a virem para a política.

Eu venho de três eleições consecutivas de derrota. Antes de me eleger pela primeira vez, eu perdi três eleições consecutivas para deputada estadual. Agora, estou no meu quarto mandato e, na última eleição, fui a deputada mais votada da Bahia, entre homens e mulheres. Então, a gente já começa a fazer história lá atrás, com as três derrotas consecutivas, com as quatro vitórias, e com a votação que tive na última eleição. Porque nunca tinha acontecido de uma mulher ser o deputado mais votado de uma legislatura. Estou vivendo um momento de muita luz. A Casa está bem e as pessoas estão com uma expectativa muito grande.

A bancada feminina da Assembleia hoje é composta por nove deputadas e já conquistou avanços importantes, como a lei que proíbe pistolas d’água no Carnaval e a que garante o direito à amamentação em espaços públicos. Como a senhora pretende fortalecer ainda mais a atuação das deputadas na Casa?

Nós somos 11 deputadas, porque duas são secretárias de Estado. Nós instalamos a Comissão de Mulheres da Assembleia Legislativa já com uma pauta bem extensa. A gente tem feito uma comissão de muito debate, trabalho, de muitas audiências públicas. E nós vamos fortalecer a comissão de mulheres, assim como todas as outras.Já tive a oportunidade de visitar algumas comissões para nos colocar à disposição .

A vida inteira disse que a mulher no parlamento é a certeza da defesa das causas femininas. E a gente vai fazer essa defesa. Inclusive na terça-feira, dia 25, nós vamos pautar para votar aqui na Casa, projetos de deputadas para as mulheres. De mulher para mulher. Em homenagem ao mês da mulher, nós vamos votar esses projetos. E nós temos projetos fantásticos aqui. Esse projeto que proíbe as pistolas d’água no Carnaval, que você citou, é da deputada Olívia Santana. E tem esse outro projeto nosso que garante a mulher amamentar onde quiser. É um direito da criança de receber o alimento, mas a mãe não podia amamentar num shopping, que podia ser reprimida. Eu vi uma vez, no Fantástico, uma mulher que teve que sair do local porque estava amamentando e aquilo deixou a gente muito indignada. Não é nem só direito da mulher, é o direito da criança. Tem outro projeto nosso, da época da pandemia, que deu muito resultado, porque ouvi muitas pessoas. Através da Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais), conseguimos levar esse projeto para 22 estados. O projeto obriga os condomínios a denunciarem quando uma mulher ou idoso sofre violência, senão paga multa. E, na época da pandemia, houve muitas denúncias através dessa lei nossa. Porque 80% dos casos de violência contra a mulher acontecem dentro de casa. E, na pandemia, estava todo mundo dentro de casa, com os nervos à flor da pele. Aqui a gente tem defendido as mulheres, escutado, dado voz. Eu quero continuar fazendo isso em todos os setores, mas também na defesa da mulher. Nós somos 11 mulheres de um total de 63 deputados. E nossa intenção é trabalhar com os 63 deputados para votar leis que representem a sociedade.

Nós somos eleitos para representar o povo baiano e a gente precisa retribuir esse voto, esse apoio, com muito trabalho. Além disso, nós estamos publicando também a indicação da deputada Fabíola Mansur para ser Procuradora da Mulher aqui na casa. E das deputadas Cláudia Oliveira, Kátia Oliveira e Maria del Carmen como membros da procuradoria da Mulher, onde a gente já tem um trabalho. Estamos com advogados, defensores, para atender as mulheres que precisam.

A senhora falou do trabalho das comissões e semana passada fez questão de visitá-las. O que a senhora pretende fazer para fortalecer o trabalho dos colegiados da Assembleia?

Uma coisa que tirava muito estímulo do deputado é o trabalho das comissões não ir para o plenário. Eu estive nas principais comissões da Casa, me comprometendo que esse trabalho feito nas comissões, nós vamos levar para o plenário. Isso era um grande entrave, porque você vota o projeto, discute, e não consegue chegar ao final. Você começa e não consegue levar esse trabalho para o plenário. É um compromisso nosso votar projetos também de deputados e dar condições para que eles possam fazer esse debate dentro da Casa.

Quais são os principais entraves que precisam ser superados para que mais projetos de deputados sejam votados?

A gente tinha o hábito de votar, no mês de junho e no final do ano, projetos de deputados. Fosse um título de cidadão, uma comenda, isso ou aquilo. E isso não vai acontecer mais aqui. Nós já vamos começar a semana que vem votando projetos de deputados. Vamos pautar. Nós conversamos muito com a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e com as outras comissões e pedimos celeridade aos deputados designados para serem relatores. A Casa vai estar envolvida nisso porque os projetos que a gente leva para as comissões é o debate que a gente traz da sociedade para a Casa. E nós precisamos dar essa resposta.

A Constituição Estadual proíbe que os deputados apresentem projetos que impliquem em gastos para o Executivo. A senhora acredita que essa restrição engessa o trabalho dos parlamentares?

Muito. Inclusive, na última segunda-feira, nós estivemos na Paraíba, na eleição do Colegiado de Presidentes de Assembleias Legislativas da Unale. E uma das pautas foi essa. Nós somos impedidos de legislar sobre muita coisa porque nós temos isso na Constituição e acaba impactando. É uma pauta que a gente está levando para o Congresso Nacional. Estamos levando essa pauta para que a gente possa legislar, porque praticamente tudo gera despesa. Isso engessa muito e, às vezes, desestimula o parlamentar que está fazendo seu projeto. Você tem um projeto fantástico, mas ele passa a ser inconstitucional porque gera uma despesa.

A senhora recentemente assumiu o cargo de conselheira na Unale, entidade que já presidiu. De que maneira essa experiência pode contribuir para a sua atuação à frente da Alba?

Eu tive a oportunidade de ser presidente da Unale por três vezes e lá não é permitido reeleição. A experiência com as outras casas legislativas, com os outros parlamentares, me fortalece e me dá muita segurança. Me deu um preparo muito grande para que eu pudesse brigar e lutar para poder chegar à presidência da Casa. Eu trabalhei com 1.049 deputados. Cada qual com a sua vertente, com os problemas de cada estado. E a gente conseguiu fazer uma gestão exitosa. Tanto que eu voltei a ser presidente por mais de uma vez.

Também pelas assembleias legislativas, os presidentes. Porque quando você senta na presidência da Unale, vê que os problemas são os mesmos. E, quando você tem uma união de presidentes, a gente pode ir ao Supremo, ao Congresso Nacional, na defesa das casas legislativas. Isso é fantástico e vai nos trazer bons resultados. A experiência com a Unale é a experiência de ouvir e valorizar o parlamentar, de valorizar as comissões. Na Unale nós temos comissões também. Isso eu trago de lá da Unale.

Em 2022, a senhora foi a deputada mais votada da Bahia, com 118 mil votos, representando um crescimento de 54,5% em relação à votação de 2018. Ao olhar para trás, o que a senhora acredita que contribuiu para esse expressivo resultado?

Tenha certeza que foi fruto de muito trabalho, muita dedicação. Tive o apoio muito grande do governo Rui Costa, do senador Otto Alencar, do senador Coronel, do senador Jaques Wagner, do governo que eu faço parte. E nós marchamos juntos com o governador Jerônimo Rodrigues, que em 2022 era candidato. Tanto na nossa região sudoeste, como na região da Chapada, Jerônimo ganhou em todas as cidades. Isso mostra a força do trabalho.

Nessa mesma eleição, o PSD, partido da senhora, elegeu 115 prefeitos, o maior número no estado. Isso fortalece o partido para integrar a chapa majoritária encabeçada por Jerônimo no ano que vem?

Nós temos o nosso presidente, que é o senador Otto Alencar. Ele é um excelente amigo, conselheiro, uma pessoa leal e que valoriza o seu time. E o time que a gente tem marcado é o time do governo do Estado. É o time do Jerônimo, é o time do Rui Costa, é o time do Wagner, é o time do Coronel. E eu tenho certeza que o senador Otto Alencar será sábio em conduzir esse caminho. Marcharemos juntos, isso eu não tenho dúvida. Agora cabe ao senador, com toda a maestria que tem, conduzir o que for melhor para a Bahia.

Como contou no início da entrevista, a senhora enfrentou três derrotas consecutivas antes de conquistar uma cadeira na Assembleia. De que forma essas experiências moldaram sua trajetória e fortaleceram sua atuação política?

Eu tive todos os motivos da minha vida para não ser política. Todos. Eu venho de uma família de políticos. Meu avô foi o primeiro prefeito da minha cidade, Guanambi, o doutor Juca Bastos, que na época era intendente, um prefeito nomeado. Meu tio, Vilobaldo Freitas, foi deputado estadual por diversos mandatos. E meu pai foi deputado também.

Eu sempre quis ser candidata à vereadora, mas meu pai nunca permitiu. Ele era líder político e dizia: como eu vou te apoiar se os filhos dos meus amigos ou os meus amigos são candidatos ou vereadores? Mas acabou que entrei na política numa convenção partidária, em que os grupos políticos não entraram em acordo. E o grupo político do meu pai resolveu lançar um candidato. Na hora coloquei meu nome e saí candidata a prefeita de Guanambi. Faltando 20 dias mais ou menos para as eleições, numa campanha cheia de sonhos, que não seria vitoriosa porque a gente estava iniciando, mas que não iria fazer feio. Mas minha chapa foi dissolvida para dar apoio a outro candidato. E ele acabou ganhando as eleições por cento e poucos votos de diferença. Isso mostrou que a gente tinha força, que tinha voto.

Dois anos depois, saí candidata a deputada estadual e tive 18 mil votos. Fiquei na primeira suplência. Nós somos 63 deputados e fui a 39ª candidata mais votada. Eu não assumi um dia, não tive nenhuma oportunidade. Quatro anos depois, voltei a ser candidata a deputada e as pessoas perguntavam quem me apoiava. Eu dizia, o povo, porque não tinha um prefeito, um vereador. Mas eu trabalhava. Na minha segunda eleição, fui para 26 mil e poucos votos. E fiquei novamente na primeira suplência. Assim como na primeira vez, não assumi um dia. E fui a 34ª deputada mais votada. Na minha terceira eleição, muitos diziam: está na hora de parar. E tive 38 mil votos, perdi por 11 votos de legenda. Os amigos chegaram à minha casa e alguns choraram quando saiu o resultado. E eu dizia: ‘Nada de choro’. Mas chorava escondido.

Eu costumo falar que, quando tenho esses aborrecimentos, eu choro 24 horas, mas depois volto mais forte. Fiquei novamente na primeira suplência e não assumi nem um dia. Na minha quarta eleição, uma semana antes, meu pai me chamou com meu esposo e disse: ‘Eu sei que vai dar certo, mas se não der, está na hora de parar’.

Eram 12 anos. E eu disse a ele, ‘não, não faça isso. Se não der, um dia vai dar’. Sou muito resiliente, focada, mas não sou cabeça dura. Eu estava muito determinada e sabia que daria certo. Na minha quarta eleição, ganhei por 45 mil votos. Na minha quinta, fui reeleita com 62 mil votos, sendo a mulher mais votada na Bahia. Na minha sexta, fui para 77 mil votos e continuei sendo a mulher mais votada. O município que eu tive um voto, até hoje não tive menos. É sempre crescente. E, na minha última eleição, eu tive 118.417 votos. Eu falo muito dos 17 votos. E brinco que na Bahia são 417 municípios. Fui a mais votada entre homens e mulheres. Tudo isso foi fruto de muito trabalho, com pé no chão, humildade e muita tranquilidade.

Os poderes Executivo e Legislativo são independentes, mas na Bahia vêm trabalhando em sintonia já há alguns anos. Como a senhora pretende conduzir essa relação entre os poderes?

Com muito respeito e com essa sintonia. O governador Jerônimo tem, ao longo desses dois anos como governador, respeitado muito os poderes. Ele não tem interferido. O que vier para essa Casa, que seja positivo para a Bahia, a gente vai aplaudir e votar. Nós vamos devolver à sociedade, ao governo, esses projetos aprovados. A minha relação com o governo do Estado, a minha relação com os outros poderes, é de muita tranquilidade, mas acima de tudo de muito respeito. Respeitando cada poder. Mas, acima de tudo, nos respeitando.

Para encerrar com uma pergunta mais leve, a senhora é conhecida por seu gosto por atividades radicais. Pode nos contar um pouco sobre essa paixão e se há alguma aventura que ainda deseja realizar?

Eu acho que nisso sou irresponsável. Não é uma coisa positiva. Eu sou uma pessoa que não tem medo. E isso é ruim, porque às vezes a gente avança, não tem um limite. Um dos grandes prazeres que eu tive, deixou meu marido três dias sem falar comigo. Meu pai, então, foi um horror. Eu saltei de paraquedas. Foi uma delícia. Quando cheguei ao solo, falei: ‘Eu quero de novo’. Subi de novo e saltei. Antes do salto, eu cheguei em casa e disse: ‘Fui convidada para saltar de paraquedas’. Meu pai olhou, meu marido olhou. Tipo, essa daí não tem nada para falar. Calei a boca, mudei de assunto e voltei para Salvador. Quando eu saltei de paraquedas, mandei o filme. Meu filho recebeu e mostrou ao meu marido. Disse que ele só balançou a cabeça. Passei três dias ligando e ele não atendia meu telefone. Meu pai, então, me fez jurar que, enquanto ele estivesse vivo, eu não iria fazer mais essas loucuras. Mas já voei de asa delta e peguei na mão do Cristo Redentor. Agora, meu marido é motociclista e eu sou ‘garupeira’. A gente viaja muito de moto. Vamos para Chapada, já fomos para Aracaju, já viajamos no Sul, no exterior. Eu gosto dessas aventuras. Faz com que a gente respire, que se sinta humano.

Raio-X

Ivana Bastos nasceu em Caetité, mas sempre viveu com sua família em Guanambi. Formada em Administração de Empresas, ela exerceu atividades como comerciante e empresária. Foi proprietária de uma loja de confecções e depois assumiu o comando da Radio Alvorada, emissora que dirige há anos. Antes de ingressar na vida política, desenvolveu trabalho social junto às comunidades da região. Ficou na primeira suplência da Assembleia Legislativa nas três primeiras eleições em que concorreu. Em 2010, foi eleita para deputada estadual pela primeira vez. Está em seu quarto mandato e já foi presidente da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) e líder do PSD na Alba.

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