CORRUPÇÃO NO MEC
Investigação contra Ribeiro travou após interferência de Bolsonaro
Ex-ministro é acusado de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência
As investigações contra o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, conduzidas pela Polícia Federal (PF), estão paralisadas desde a suposta interferência do então presidente, Jair Bolsonaro (PL), no caso.
A suspeita de intervenção veio à tona no dia seguinte à prisão de Milton Ribeiro, ocorrida em 22 de junho do ano passado, sob acusações de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
No mesmo mês, a Justiça autorizou a quebra dos sigilos bancários do ex-ministro, de sua esposa e de pessoas ligadas aos outros envolvidos que também foram presos: os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, próximos de Bolsonaro, o assessor do Ministério da Educação (MEC), Luciano de Freitas Musse, e Helder Bartolomeu, genro de Arilton.
Desde então, nenhuma oitiva ou análise de arquivos obtidos através das quebras de sigilo teriam sido realizadas dentro das investigações, que apuram um suposto balcão de negociações envolvendo pastores sem cargo no governo. De acordo com denúncias confirmadas por gestores municipais, esses líderes religiosos pediam dinheiro em troca de liberações de obras do MEC e houve até solicitação de barra de ouro para um intermediador.
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