POLÍTICA
Líder do governo na Alba diz que foi intimidado com mensagem de presidente do Sindipoc
Líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o deputado Rosemberg Pinto (PT) diz que foi intimidado pelo presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindipoc), Eustácio Lopes, momentos antes da sessão que aprovou a PEC 163/2021, que modifica as regras relativas ao Regime Próprio de Previdência Social do servidores públicos civis.
Após reunião na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que Rosemberg diz que solicitou a presença do Sindipoc para debater o tema, Eustácio compartilhou um áudio em grupos de Whatsapp com críticas duras ao deputado. Ele alega que foi expulso pelo petista da reunião e convoca um ato de policiais na Alba.
Na gravação, o presidente do sindicato diz que Rosemberg cometeu um ato de "desrespeito" e tenta "induzir a categoria ao erro".
"Olá colegas policiais civis, estive agora na CCJ onde estava debatendo a emenda constitucional [...] Rosemberg, o líder do governo, me expulsou da reunião para que os fatos não fossem debatidos, em um ato de desrespeito, ele tenta induzir a categoria ao erro, inclusive soltando nota à imprensa informando que a categoria não será prejudicada [...] Todos hoje, às 14h, vamos ocupar a assembleia", diz o líder sindical.
Segundo Rosemberg, o próprio Eustácio afirmou posteriormente que o áudio não tinha um tom de "ameaça", e o petista pediu que ele falasse isso "publicamente", depois do discurso inflamado que circulou nos grupos.
"Ele veio aqui e disse que não entendia como uma ameaça, que só foi uma fala, eu disse a ele que era preciso dizer isso publicamente, que foi um desconhecimento da parte dele [...] eu mostrei a ele uma mensagem da minha família preocupada, achando que estava acontecendo alguma coisa extraordinária. Na minha opinião, se não foi uma ameaça, foi, no mínimo, uma fala caluniosa", alegou o líder do governo na Casa.
"Entendo a angústia deles, as emoções estavam acirradas, mas não se pode ultrapassar o limite do bom senso", completou.
A PEC regulamenta o cálculo dos proventos pela média dos 10 anos anteriores ao pedido de aposentadoria dos servidores como policiais civis e professores universitários do estado da Bahia, somados as gratificações e benefícios.
Rosemberg defende que insatisfação é fruto de uma "desinformação generalizada". Ele destaca que os últimos anos de trabalho de um servidor público é justamente quando ele está no seu mais alto patamar salarial e que dará celeridade ao processo de aposentadoria.
Eustácio, por sua vez, diz no áudio que o novo modelo vai reduzir a aposentadoria e "penalizar" a categoria
A reportagem tentou entrar em contato com o presidente do Sindipoc, mas até o momento da publicação não obteve resposta.
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