CPMI DO 8 DE JANEIRO
Mauro Cid tentou vender Rolex recebido por Bolsonaro na Arábia Saudita
Troca de e-mails analisados por CPMI mostra que Cid tentou negociar relógio por US$ 60 mil
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, tentou negociar um relógio da marca Rolex, recebido pelo ex-presidente durante uma viagem oficial. O ocorrido é analisado pela Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) do 8 de janeiro.
Segundo o documento em posse da comissão, no dia 6 de junho de 2022, Cid recebeu um e-mail em inglês de uma interlocutora. “Obrigado pelo interesse em vender seu rolex. Tentei falar por telefone, mas não consegui", disse ela.
“Quanto você espera receber por ele? O mercado de rolex usados está em baixa, especialmente para os relógios cravejados de platina e diamante, já que o valor é tão alto. Eu só quero ter certeza que estamos na mesma linha antes de fazermos tanta pesquisa", escreveu.
Em resposta, Mauro Cid disse que não possuía o certificado do Rolex, pois “foi um presente recebido durante uma viagem oficial", e que pretendia vender a peça por US$ 60 mil (cerca de R$ 300 mil, em cotação atual).
O relógio foi dado a Bolsonaro em 30 de outubro de 2019 durante almoço oferecido pelo rei da Arábia Saudita à comitiva brasileira. Um registro do Rolex como "acervo privado" foi feito em 11 de novembro. Também consta uma liberação do relógio justamente no dia 6 de junho de 2022.
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