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Ministro da Justiça terá de explicar motociata com Allan dos Santos

Foragido da Justiça brasileira esteve presente em evento com a participação de Bolsonaro

Publicado sexta-feira, 17 de junho de 2022 às 11:26 h | Autor: Da Redação
Torres negou que tenha visto Allan dos Santos nos Estados Unidos
Torres negou que tenha visto Allan dos Santos nos Estados Unidos -

O ministro da Justiça, Anderson Torres, vai ter que explicar à Câmara dos Deputados a participação de Allan dos Santos em motociata do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos. O blogueiro é foragido da Justiça brasileira desde outubro do ano passado, quando o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moares determinou a sua prisão após pedido da Polícia Federal. 

Torres foi cobrado sobre a participação de Allan no evento com o presidente Bolsonaro em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, mas se recusou a falar sobre o assunto. Por conta disso, o deputado Davi Miranda (PDT-RJ) protocolou, na última quarta-feira, 15, um requerimento de informação. 

No documento, o parlamentar questiona o motivo de o ministro não ter informado à polícia internacional, a Interpol, a localização de Allan dos Santos, procurado pela Justiça brasileira.

“Sem o mínimo constrangimento, ao mesmo tempo em que tenta criar dificuldades ao processo de extradição, o presidente Bolsonaro prestigia o seu assecla e parece valer-se de sua atuação e serviços em território estadunidense. Não é possível ficar indiferente ao ultraje às instituições brasileiras que representou a participação ostensiva do senhor Allan dos Santos numa motociata em Orlando, organizada por simpatizantes do governo, no último dia 11 de junho”, diz o parlamentar no pedido.

Torres negou que tenha visto Allan dos Santos nos Estados Unidos. “Eu não estive com esse cidadão, eu não vi esse cidadão nos Estados Unidos. Não tenho o que responder a respeito disso”, disse. 

Allan dos Santos é investigado em dois inquéritos: o das Fake News e sobre participação em milícias digitais que ameaçariam a democracia brasileira.

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