POLÍTICA
Ministro do Trabalho defende regulamentação dos entregadores por app
Motociclistas estão em estado de mobilização reivindicando melhores condições de trabalho
Por Anderson Ramos e Flávia Requião

Em visita a Salvador, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defendeu, na manhã desta quinta-feira, 10, durante evento com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), a regulamentação do serviço dos entregadores por aplicativo.
“Estamos atentos. Quero cumprimentar e parabenizar. Muito importante o movimento para ajudar a debater, refletir e pressionar as empresas a sentar à mesa”, disse, durante coletiva de imprensa.
Segundo o ministro, as empresas, como o iFood, inviabilizaram que chegasse uma proposta de acordo para a categoria. “O que o governo faz é estimular que as partes conversem para a partir daí formalizar um projeto para o Congresso e poder analisar para regulamentar”, explicou.
Conforme detalhou o chefe da pasta, o projeto dos motoristas está tramitando na Câmara Federal e deve ser retomado após a Páscoa. “Eu tenho expectativa de que ele seja aprovado.”
“A partir daí nós vamos aumentar, inclusive, a pressão às empresas de entrega para poder voltar às mesas”, disse.
Luiz reforçou que o ministério está à disposição dos motociclistas e antecipou que após um acordo entre as partes há possibilidade de se discutir uma política de crédito.
“Nós estamos inteiramente à disposição e desejosos que a gente consiga chegar em um projeto que possa enquadrar as empresas, garantir direito aos motociclistas e possa ter previdência, transparência, remuneração adequada. Tem muita gente com muita dificuldade e vamos estar debatendo na sequência a ideia de ter uma política de crédito para que eles possam alugar moto ou poder ter sua própria moto, ter um crédito que eles possam acessar. Tudo isso é um processo de construção.É um movimento muito importante, eu vi com muito bons olhos”, concluiu.
Greve dos entregadores
Os entregadores que trabalham em plataformas digitais estão desde o início do mês em estado de mobilização reivindicando a precarização, melhores condições de trabalho e remuneração justa.
Apesar de terem encerrado o 'Breque Nacional dos Apps 2025’, como chamaram a manifestação, a categoria segue pressionando as empresas, especialmente, o iFood.
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