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Ministros do STF criticam Bolsonaro por apoio a ato anti-Congresso; presidente se explica

Publicado quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020 às 11:01 h | Atualizado em 21/01/2021, 00:00 | Autor: Da Redação
Foto: Mauro Pimentel | AFP
Foto: Mauro Pimentel | AFP -

O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais, nesta quarta-feira, 26, para falar da polêmica causada depois que compartilhou, no WhatsApp, vídeo de apoio a um ato previsto para acontecer em 15 de março contra o Congresso Nacional e em favor do governo federal. De acordo com o chefe do Palácio do Planalto, as mensagens foram de cunho pessoal.

"Tenho 35 milhões de seguidores em minhas mídias sociais, com notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. No Whatsapp, algumas dezenas de amigos onde trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República", reagiu o presidente após uma série de críticas.

Além de figuras como os ex-presidentes Lula, Dilma e Fernando Henrique Cardoso, também teceram críticas os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello, ambos do Supremo Tribunal Federal (STF).

No Twitter, Gilmar Mendes disparou: "A CF88 garantiu o nosso maior período de estabilidade democrática. A harmonia e o respeito mútuo entre os Poderes são pilares do Estado de Direito, independemente dos governantes de hoje ou de amanhã. Nossas instituições devem ser honradas por aqueles aos quais incumbe guardá-las".

Em mensagem ao jornal Folha de S. Paulo, Mello também foi incisivo. O magistrado disse que caso as informações sejam confirmadas, revelarão o lado sombrio de um presidente que "desconhece o valor da ordem constitucional". 

"Demonstra uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce e cujo ato de inequívoca hostilidade aos demais Poderes da República traduz gesto de ominoso desapreço e de inaceitável degradação do princípio democrático", frisou Celso de Mello.

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