DEPOIMENTO
Minuta do golpe é um documento 'descartável', diz Torres
Ex-secretário do DF considerou a minuta do golpe um documento "sem viabilidade jurídica"

Por Da Redação

Nesta quinta-feira, 2, aconteceu o depoimento do ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres. Em sua declaração, o também ex-secretário do Distrito Federal considerou a minuta do golpe um documento "descartável" e "sem viabilidade jurídica".
A minuta foi encontrada durante a operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal na casa de Torres, que está sendo investigado pela suposta omissão na segurança do DF no dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e vandalizaram as sedes dos três poderes da República.
"Considera a minuta do decreto totalmente descartável; que se tratava de um documento sem viabilidade jurídica; que não foi o declarante que colocou a pasta com o decreto na estante e que acredita que possa ter sido sua funcionária ao arrumar a casa; que não é por ter sido encontrado na estante é que teria importância; que na verdade já era para ter sido descartado", registrou a ata do depoimento.
Segundo Torres, uma reunião teria sido realizada dois dias antes dos atentados e, até aquele momento, a informação era de que as manifestações seriam realizadas de forma pacífica.
"Que indagado se recebeu informações ou informe de inteligência sobre as manifestações que ocorreriam no dia 8 de janeiro, respondeu que recebeu essas informações no dia 6, pela manhã. Que essas informações não indicavam ações radicais", completou.
O ex-ministro ainda afirmou que, antes de assinar o protocolo para a segurança, verificou antes e estava tudo adequado.
"Antes de assinar analisou integralmente o protocolo de ações integradas e verificou que dentro das atribuições da SSP constavam todas as diretrizes necessárias para que os órgãos de segurança pública realizassem seus deveres, com as informações que estavam disponibilizadas até então", continuou o depoimento.
Por fim, Torres também comentou que não sabe onde está seu celular. Logo após a sua ordem de prisão, ele chegou a receber diversas ligações e teve que desligar o aparelho. No entanto, agora não sabe onde está o celular.
"Indagado a respeito da localização do seu aparelho celular informou que não o deixou nos Estados Unidos, mas o perdeu; que com a decretação de sua prisão no Brasil, passou a ser procurado por uma infinidade de pessoas, ocasião em que resolveu desligar o celular; que não sabe onde ele se encontra, mas pode fornecer a senha da nuvem; que apenas utiliza o telefone pessoal e todas as conversas estão nesse celular; que, se necessário for, se compromete voluntariamente a fornecer login e senha", finalizou.
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