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Política
MP concede mais cinco dias para acusações de Damares serem explicadas
Ex-ministra afirmou que crianças de Marajó eram traficadas e submetidas a mutilações e abusos sexuais
O Ministério Público Federal (MPF) concedeu mais cinco dias para que o Ministério da Mulher, da Família e dois Direitos Humanos explique as acusações feitas pela ex-ministra, Damares Alves, sobre supostas torturas e abusos sofridos por crianças no arquipélago de Marajó, no Pará.
A pasta havia pedido uma prorrogação de mais trinta dias do prazo que se encerraria na última segunda-feira, 17, mas foi recusado pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), que pede detalhes sobre as denúncias de estupro ou tráfico de crianças não apenas no Pará, mas em todo Brasil.
O suposto caso ganhou notoriedade no início de outubro, quando a senadora eleita pelo Distrito Federal afirmou, durante um culto evangélico, que crimes contra a infância foram descobertos pela comitiva presidencial em visita à Marajó. Segundo Damares, as crianças eram traficadas para o exterior e submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitariam abusos sexuais.
O Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) informou que nos últimos 30 anos, nenhuma denúncia sobre tráfico de crianças no Marajó mencionou as torturas citadas por Damares. A Polícia Civil do estado também informou que não há investigações relacionadas a essas denúncias.
