POLÍTICA
No olho do furacão: Haddad tira férias em meio à crise do IOF
Ministro da Fazenda entrou de férias nesta segunda-feira
Por Redação

Em meio ao impasse sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entrou de férias nesta segunda-feira, 16. Ainda hoje também, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, pretende pautar a urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derruba o reajuste do imposto.
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O ministro vai ficar de férias até 22 de junho, período em que será substituído pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.
Inicialmente, Haddad iria tirar férias entre 11 a 20 de julho de 2025, no entanto, as datas foram alteradas no início de junho. O anúncio foi publicado no Diário Oficial da União de 5 de junho.
Regime de urgência no Congresso
Na última quinta, 12, Hugo Motta declarou que decidiu pautar a urgência do PDL que derruba o aumento do IOF.
Caso a urgência seja aprovada, o texto poderá ser analisado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões da Casa. Na prática, a tramitação da proposta será acelerada.
Crise do IOF
O governo, liderado pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, elevou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) por decreto em maio, com o objetivo de reforçar a arrecadação e cumprir a meta fiscal de superávit para 2026. A medida visava gerar cerca de R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, abrangendo operações de crédito, câmbio e previdência.
Porém, o aumento já provocou reações negativas no mercado financeiro — com críticas por “amadorismo” e temor de encarecimento do crédito — e fortes resistências no Congresso, que entrou em campo com mais de 20 projetos para derrubar o decreto.
O atrito cresceu quando parlamentares — inclusive os líderes da Câmara e do Senado — pautaram urgência para sustar o decreto, exigindo que o governo apresentasse alternativas por meio de projeto de lei. Haddad buscou negociar e prometeu propor ajustes até o início de junho, enquanto sinalizou a necessidade de uma reforma tributária mais ampla para reequilibrar a política fiscal .
A polêmica ganhou ainda mais força com manifestações de frentes parlamentares, alertas de altas instâncias nos bancos sobre impactos econômicos e críticas e exigência de transparência do presidente Lula.
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