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15/07/2024 às 6:00 - há XX semanas | Autor: Divo Araújo

ENTREVISTA - FERNANDA DELGADO

‘O impacto do hidrogênio verde no PIB será de R$ 7 tri até 2050’

Diretora executiva da ABIHV fala sobre o potencial da indústria do hidrogênio verde para alavancar a economia do país

Fernanda Delgado é diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde
Fernanda Delgado é diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde -

A Câmara de Deputados aprovou na última quinta-feira, 11, as emendas do Senado para o projeto de lei que estabelece o marco regulatório para a produção do hidrogênio de baixo carbono no Brasil. O texto vai agora à sanção do presidente Lula.

Esse marco é visto como a pedra fundamental de criação de uma nova indústria no Brasil – a indústria do hidrogênio verde, que pode ter um impacto de R$ 7 trilhões no PIB brasileiro até 2050, como explica Fernanda Delgado, diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV), nesta entrevista exclusiva ao A TARDE.

“Estamos falando de indústria muito sofisticada, de alto valor agregado, que vai trazer uma arrecadação muito grande para o país. E hoje ela não existe”, explica a executiva. Entenda mais sobre essa nova indústria que nasce no país na entrevista que segue.

A Câmara de Deputados acabou de aprovar o projeto de lei que estabelece o marco regulatório para a produção do hidrogênio de baixa emissão de carbono. Qual a importância desse marco para desenvolver o setor no Brasil?

A aprovação desse marco é como se fosse uma pedra fundamental dessa indústria que está sendo construída. Ele estabelece os perímetros básicos para gente trabalhar o hidrogênio no Brasil. Qual é a grande alavanca dessa aprovação? É dar garantia ao investidor, seja ele nacional ou estrangeiro, de que a indústria de hidrogênio verde tem no Brasil uma praça segura. Onde você tem regras consolidadas, agentes que vão trabalhar nessa indústria já identificados, incentivos creditícios e fiscais estabelecidos e garantidos em lei para os primeiros cinco anos de operação das plantas de hidrogênio verde. Essa é a importância desse marco legal. Ele é a pedra fundamental, uma pedra basilar para o início dessa indústria. É a partir disso que as empresas, que vão fazer hidrogênio verde no Brasil, tomarão suas decisões finais de investimento. Entendendo que o Brasil é uma praça tão interessante, do ponto de vista econômico e financeiro, para colocar os seus investimentos, como os Estados Unidos, a Austrália, como países da Europa, o Chile. Porque a gente já tem um marco legal estabelecido que garante uma série de apoios e proteções para esses primeiros entrantes.

A senhora acompanhou os debates em Brasília. Ficou satisfeita com o resultado final do projeto?

É sempre importante destacar que isso faz parte do processo democrático brasileiro. Essa oitiva entre o governo e a indústria é muito saudável para que a indústria possa ser alavancada e construída de uma forma saudável. A gente está falando aí de R$ 7 trilhões de impacto no PIB brasileiro até 2050. No mínimo 200 mil empregos até 2050. É uma indústria muito sofisticada, muito complexa, de alto valor agregado, que vai trazer uma arrecadação muito grande para o país. E hoje ela não existe. É o nascedouro de uma indústria nova que sai praticamente do zero. Não tem aumento de conta de luz para o consumidor, não tem repasse de conta para o consumidor final. É uma indústria nova que vai trabalhar para dentro de processos produtivos como aço verde, fertilizante verde, indústria química verde, para trazer o conteúdo de carbono dos produtos brasileiros para baixo.

Por que o hidrogênio verde é considerado o combustível do futuro. E como ele pode contribuir para a descarbonização do planeta?

Ele é considerado o combustível do futuro porque não emite gases de efeito estufa. Não só o gás carbônico, o CO2, como também o gás metano. Porque é uma série de gases. A gente foca muito no CO2 e esquece que tem outros gases. É lógico que o hidrogênio verde não é a solução para tudo. Mas faz parte de um elenco de soluções de baixo carbono que você pode implementar numa economia, e lembrando que quanto mais diverso o seu portfólio de soluções, menos vulnerável uma economia fica. O hidrogênio verde faz parte desse elenco de soluções que você pode ter. Eletrifica-se o que pode ser eletrificado. A gente aqui no Brasil usa biocombustíveis, as biomassas. E isso tudo o hidrogênio pode contribuir com uma parte da redução das emissões de CO2, quando inserido nos processos produtivos. Quando eu troco o gás natural, a gasolina, o óleo combustível, o carvão, nesses processos produtivos, quando faço fertilizante a partir de hidrogênio verde, se diminui a pegada de carbono desses produtos que vão fazer parte da economia do século 21. Até o próprio petróleo brasileiro usa hidrogênio no processo de refino. Esse hidrogênio pode ser o hidrogênio verde, feito a partir de energia renovável e, assim, deixar esse petróleo brasileiro ainda menos emissor de gases de efeito estufa.

Qual é a diferença do hidrogênio cinza, que é muito utilizado pela Petrobras agora, do hidrogênio verde?

O hidrogênio é a molécula que existe em maior abundância no mundo. O Brasil consome 500 mil toneladas de hidrogênio cinza por ano, sendo os processos de refinaria hoje o maior consumidor. O nitrogênio hoje consumido no Brasil é feito a partir da reforma do gás natural. E esse hidrogênio verde, com o uso do gás natural, você tem o uso de combustíveis fósseis que emitem gases de efeito estufa. O hidrogênio verde tem um processo de produção diferente. Você passa uma corrente elétrica por uma porção de água e aí separa o hidrogênio do oxigênio. Sendo que essa corrente elétrica que você vai passar pela água nesse processo tem que ser uma eletricidade renovável. Tem que ser uma eletricidade limpa, energia eólica, energia solar, energia hidráulica. E o Brasil tem 90% do grid renovável. Quando colocar um eletrolisador na tomada, vou poder assegurar que mais de 85% daquela energia ali utilizada é uma energia renovável. Essa é a beleza do hidrogênio verde. Ele não é emissor de gases de efeito estufa. Ele usa a eletricidade renovável que a gente tem em abundância no Brasil e contribui para redução da pegada de carbono de uma série de processos.

Há um consenso de que o Brasil é um dos países que possui a maior capacidade de produzir hidrogênio de forma sustentável. Quais seriam essas características, além das que a senhora já mencionou?

Porque o Brasil é visto como essa potência? Pelo menos a gente enxerga essas potencialidades nesses projetos que devem sair agora no início dessa indústria. Além da abundância da energia renovável, a facilidade de oferta de energia renovável, a gente tem sempre que pensar na expansão dessa matriz energética. Ela pode se expandir na direção da energia eólica e da energia solar. E são esses energéticos que a gente vai usar para fazer o hidrogênio verde. O Brasil também tem uma disponibilidade de água de reuso, de água para ser dessalinizada, que pode ser usada nesses processos. O Brasil tem posições estratégicas para o mercado internacional. Tem um posicionamento geopolítico muito favorável, quando você olha para outras praças, como o Oriente Médio, países da África. O Brasil tem qualidades políticas e econômicas que também são atraentes para o investidor. Mas é importante a gente destacar que hoje no mundo há uma corrida pela atração desses investimentos de hidrogênio verde. Assim como o Brasil está arrumando a casa para receber esses investimentos, os Estados Unidos estão fazendo isso, o Chile está fazendo isso. Namíbia, Egito. Países do norte global e do sul global também estão se preparando. O Brasil agora consolida a sua posição como receptor desses investimentos a partir da aprovação dessa regulamentação.

Além da criação desse marco legal, que agora vai para sanção do presidente Lula, quais seriam os outros desafios que a senhora considera fundamentais para criação dessa nova indústria?

Desafios existem em todo início de indústria. Isso é bom para a gente desmistificar. As pessoas gostam de olhar sempre o copo meio vazio. Eu gosto de dizer que mais Deus tem para dar do que o Diabo para tomar. A gente tem muitas possibilidades com hidrogênio e as dificuldades vão ser trabalhadas à medida que a indústria avança. Não são dificuldades que trazem a inércia para o sistema. Assim como você teve gargalos de equipamentos no início da indústria solar você vai ter na indústria de hidrogênio também. Assim como você teve gargalos para o início dos parques eólicos, a gente vai ter isso para o hidrogênio também. A gente aprovou o marco legal, vai começar toda uma discussão regulatória agora. Isso também leva tempo. Tem que trazer o consenso do governo, da sociedade, da indústria. Esse processo democrático às vezes parece muito lento. Mas ele não tem sido lento. Ele tem sido trabalhado a muitas mãos. Lembrando que o consenso é muito complexo de ser atingido. Essas dificuldades são inerentes, normais ao início de qualquer indústria. E é isso que vai acontecer. Todo mundo vai trabalhar junto, inclusive a iniciativa privada, para enfrentar esses problemas todos. O mercado de crédito de carbono é a próxima etapa que precisa ser trabalhada também do ponto de vista do estabelecimento de um marco legal. Dentro da Agenda Verde desse governo, que inclui eólicas offshore, crédito de carbono, combustível do futuro, hidrogênio verde, diesel verde. O mercado de crédito de carbono está lá dentro e ele complementa o mercado de hidrogênio verde. Porque o crédito de carbono vai precificar as externalidades negativas desses entes poluentes, dos combustíveis emissores. Quando se perceber que quem suja tem que pagar, você terá um delta aí para ser cobrado dos grandes emissores, e o mercado de carbono vai precificar. E você verá que o verde não é o mais caro. Na verdade, o verde vai passar a ter uma competitividade maior. É interessante que esses projetos caminhem coadunados todos. O combustível do futuro com outros combustíveis avançados de biomassa para o país. O mercado de crédito de carbono, a agenda do hidrogênio verde e toda essa regulamentação dessa agenda verde hoje no Brasil.

Quais são os impactos que essa nova indústria do hidrogeno verde terá no PIB do Brasil?

Os estudos que a gente conduziu aqui na ABIHV mostram que até 2030 a gente tem R$ 70 bilhões de superávit estimado só com a entrada dos primeiros investimentos. Isso é para mostrar que é uma indústria sólida, é uma indústria robusta, de alto valor agregado e com investimentos muito substanciais para serem feitos. Quando essas primeiras plantas estiverem sendo construídas isso trará empregos, arrecadação, vai gerar uma movimentação econômica muito grande. Estou falando só dos primeiros anos, antes mesmo da gente precisar dos incentivos. Porque esses incentivos só começam a partir da produção do hidrogênio. Para além disso, são R$ 700 bilhões só de superávit até 2050 e os R$ 7 trilhões de impacto no PIB, quando você fala de toda uma cadeia produtiva nova que hoje não existe. É uma indústria completamente nova. Eu gosto de falar que a indústria do hidrogênio verde, uma planta de hidrogênio verde é uma refinaria da energia eólica e da energia solar tal a complexidade e a quantidade de investimentos que são necessários.

Qual foi a contribuição da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde, que foi criada recentemente, para a elaboração desse marco legal?

A ABIHV é uma associação jovem, mas ela nasceu muito robusta porque tem as empresas com investimentos em hidrogênio verde por trás. Voltalia, Fortescue Future Industries, Vale, ArcelorMittal, European Energy, Engie, Auren agora que comprou a AS Brasil... Dentro da ABIHV há empresas que têm investimentos reais, sólidos. Empresas que têm investimentos em fertilizantes, como a Yara e a Atlas Agro, que são as maiores do país. A ABIHV nasce com essa importância e por isso ela tem o nome de indústria. Eu gosto de falar também que ela começou ao contrário de outras associações. Não foi um grupo de pessoas que montou uma associação e foi buscar patrocínio das empresas. Foi o contrário. As empresas, que não se viram representadas perante a discussão pública, fundaram uma associação e me convidaram pra capitaneá-la. Tem um viés diferente quando nasce da indústria para trás. Significa que é uma associação completamente orientada para fazer negócio. A ABIHV foi muito escutada durante a elaboração desse marco legal. Há uma deferência muito grande da ABIHV para esse governo que escutou muito a indústria para construção desse marco. E a gente pretende continuar trabalhando nisso, sim, para contribuir, para ajudar. São as maiores indústrias do país. A ABIHV, em números grosseiros, representa 23% do PIB brasileiro em ‘market cap’ das empresas que estão aqui dentro. Tem uma relevância potente de quem realmente vai botar a mão no bolso e botar a mão na massa para fazer hidrogênio verde no Brasil.

Além da construção dessa legislação, de que outras formas essa associação pode contribuir para o avanço do setor no país?

A gente tem grupos de trabalho dentro da ABIHV que discutem regulação, infraestrutura de transmissão, indução de demanda, certificação. As empresas associadas já trabalham junto com a ANP ((Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), junto com outros órgãos de governo. A gente fornece estudos, pareceres em nome dessa cadeia. É uma associação jovem, ainda em formação, mas nasceu com um peso e uma influência importante basicamente porque são empresas que realmente vão fazer projetos de hidrogênio aqui no Brasil.

A senhora participou de um workshop da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), aqui em Salvador, que teve o seguinte tema: ‘Bahia, estado sede do refino verde no mundo’. De fato, nosso estado está na vanguarda da produção de refino verde?

A Bahia e os demais estados do Nordeste estão na vanguarda, como você mencionou, por possuírem muita energia renovável disponível, que é a maior necessidade para a produção de hidrogênio verde hoje. Cerca de 70% do custo da produção de hidrogênio verde hoje é energia e lembrando que essa energia precisa ser renovável. Por isso que se prima tanto aos estados do Nordeste. A Bahia tem a capacidade de desenvolvimento dessa indústria, assim como outros estados, e vai trabalhar na regulação e vai atrair investimentos. A Bahia também tem uma posição privilegiada até pela existência de uma refinaria particular também.

Especialistas são unânimes em dizer que seria um erro transformar hidrogênio verde e todas essas energias renováveis em commodities. E que eles deveriam servir de combustível para o fortalecimento de uma cadeia industrial de alto valor agregado. Como a senhora vê essa questão?

Acho que tem uma confusão aí. Na verdade, quando você fala de commoditie, dá a impressão de ser um produto de baixo valor agregado. E não é. Isso é importante desmistificar. Só para você produzir uma molécula de hidrogênio verde precisa de uma quantidade de investimentos, de recursos, de mão de obra especializada. O que não a caracteriza como uma commoditie, como um saco de soja, um saco de feijão, como a gente está acostumado a ouvir. Exportar o hidrogênio, seja como amônia, seja como metanol, exportar o hidrogênio através de processos produtivos como o aço verde, o diesel verde, o fertilizante verde, tudo isso tem o seu valor agregado em maior ou menor medida. Mas de forma alguma, a gente deveria tratá-lo como uma commoditie no sentido pejorativo da commoditie. Justamente por ter uma indústria complexa, sofisticada e de alto valor agregado.

Mas a senhora acredita que tanto ele, quanto às energias renováveis, podem servir de base para esse processo de neoindustrialização que tanto se fala hoje?

Certamente. Como eu falei, o hidrogênio verde não é a solução para todos os problemas e para todas as questões, mas é um pedaço da solução. Como você pode eletrificar, como você pode usar o biocombustível, você pode usar o hidrogênio verde também.

Desde 2020, o Brasil tem uma parceria com a Alemanha para o desenvolvimento do hidrogênio verde, incluindo as empresas. Qual é a importância dessas parcerias com países e empresas multinacionais?

A parceria com a Alemanha foi importante porque trouxe o início dessas discussões e a identificação do Brasil como um player relevante e uma potência para essa produção. As discussões avançaram muito nessa parceria com a Alemanha para cá e hoje se identifica não só esse mercado internacional, como o mercado nacional também. A gente tem parceria com uma série de outros países também. Elas são importantes para saber como acontecem os processos em outros países. Para mostrar a potencialidade do Brasil e trazer investimentos. Foi a partir dessas iniciativas que os investidores, as empresas entendem, percebem e enxergam o Brasil como um lugar para aportar os seus investimentos. Mas hoje a discussão já acontece em nível nacional de uma forma muito robusta.

Mais algo importante sobre o tema hidrogênio verde que deixamos de comentar?

Eu gosto sempre de destacar essa última parte que você me perguntou sobre a importância da gente não estereotipar o hidrogênio como uma commoditie pura e simples. Porque para fazê-lo é uma complexidade industrial tão grande, há necessidade de tantos investimentos, de tanta energia elétrica, de tantas obras civis, de tantos equipamentos, que seria muito míope enxergá-lo só com uma commoditie. É claro que é muito melhor exportar e trabalhar para produzir o aço verde, fertilizante verde, o combustível verde, mas dentro de um grande espectro de possibilidades, a gente não pode fechar as portas e taxá-lo como mais uma commoditie pela grandeza do tamanho dessa indústria.

Raio-X

Fernanda Delgado é diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (ABIHV). Professora de Pós-Graduação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da UFRJ e docente do Programa de Pós-Graduação da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Doutora em Planejamento Energético, mestre em Tecnologia da Informação e em Finanças Internacionais. É autora de quatro livros, vários capítulos e inúmeros artigos publicados sobre o setor energético. Além disso, atua como Conselheira do Conselho de Educação da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

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