POLÍTICA
Olívia: "Renascimento das políticas culturais ajuda a Bahia a avançar"
Deputada foi a representante da Alba na 4ª Conferência Nacional de Cultura
Por Matheus Calmon
Representante da Assembleia Legislativa da Bahia na 4ª Conferência Nacional de Cultura, Olívia Santana avaliou que o novo momento que a Cultura brasileira vive deve fazer com que a Bahia a também impulsione p setor local.
Presidente da Comissão de Cultura, Educação, Ciência e Tecnologia e Serviços Públicos, a deputada afirmou que o governo anterior, de Jair Bolsonaro, foi deletério para o Brasil, em especial para a cultura.
"Um presidente que perseguia a literatura, que perseguia as organizações culturais, que destruiu a Fundação Palmares. Foi uma destruição intencional. Os ataques eram explícitos e horríveis. E acabar com o Ministério da Cultura num país de dimensões continentais, um país que tem esse povo tão diverso, foi algo muito dramático, terrível para nós", disse.
Ela considera que a própria realização da Conferência, após um hiato de dez anos demonstra uma nova atenção ao setor.
"A conferência tem esse caráter democrático de ouvir o Brasil. Todos os estados estão aqui representados. Isso aqui é o coroamento de um processo que aconteceu na ponta, nos municípios, nos centros, estados e deságua na Conferência Nacional. Então, fazer política pública para o Brasil ouvindo as organizações culturais, os artistas, os fazedores de cultura".
A deputada frisa ainda que a realização da Conferência acelerou a aprovação na Comissão de Educação e Cultura do Senado da lei que estabelece o marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura.
"Ter um Sistema Nacional de Cultura formalizado em lei é muito importante, porque não dá para um governo chegar e sair derrubando tudo numa canetada só. Em todo o Brasil, teremos essa conexão com o Sistema Nacional, envolvendo a federação, os estados, os municípios".
Para a Bahia, Olívia avalia necessário cada vez mais investimentos na cultura a partir de uma política cultural estruturada.
"É preciso que a Bahia crie a Bahia Filmes, por exemplo. A Bahia é a terra de Glauber Rocha. Foi lá que surgiu o Cinema Novo. A gente tem uma grande contribuição a dar. A gente tem que dar a popularização do audiovisual e criar essa estrutura, captar recursos no governo federal, acionar Petrobras, empresas, fazer o diálogo internacional, os fazedores de cinema, de games", afirma.
Ela cita ainda que é necessário criar a tradição de valorizar a cultura produzida em nossa terra, não só o material importado.
"A gente respeita muito a música europeia. Beethoven, todos os grandes nomes clássicos da música, da música clássica. Mas nós temos que olhar aquilo que o povo baiano criou. Então, tem a Orquestra Rumpilés, tem a Orquestra Afro-Sinfônica... Isso é um produto nosso que precisa de um apoio muito especial, um olhar muito especial, para que a gente vá tratando essas expressões, como os blocos afros".
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