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PF vai investigar Eduardo após comparação de professores a traficantes

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro deu a declaração durante ato armamentista

Publicado segunda-feira, 10 de julho de 2023 às 21:04 h | Atualizado em 10/07/2023, 21:21 | Autor: Da Redação
Filho '03' de Bolsonaro também foi alvo de denúncia no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados
Filho '03' de Bolsonaro também foi alvo de denúncia no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados -

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, usou as redes sociais nesta segunda-feira, 10, para informar sobre a abertura de investigação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Durante ato armamentista, em Brasília, o parlamentar comparou professores a traficantes de drogas. 

No Twitter, Dino afirmou que acionou à Polícia Federal para analisar "os discursos proferidos neste domingo em ato armamentista, realizado em Brasília. Objetivo é identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos", escreveu o ministro. 

O filho '03' de Bolsonaro também foi alvo de denúncia no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, nesta segunda. De autoria do também deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), a legenda entrou com uma representação contra as falas do parlamentar. A medida também foi anunciada nas redes sociais. 

"URGENTE! Vamos entrar com uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra Eduardo Bolsonaro. Esse insulto a todos os professores brasileiros não pode ficar impune!", escreveu Boulos. 

Na capital federal, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) participou de um evento que reuniu militantes "pró-armas". No momento, o parlamentar subiu ao carro de som e declarou que "não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nosso filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior".

O discurso ainda levou a deputada federal Luciene Calvacante, também do PSOL, acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) com queixa-crime contra Eduardo. A parlamentar também é professora. 

"A fala em questão é um convite para que os ouvintes ajam contra os professores, para que os impeçam de lecionar conteúdos que não sejam aceitos pela sua visão de mundo. Importante contextualizar que a fala foi feita em um evento pró armas de fogo em um momento do país com recorrentes ataques violentos às escolas e aos professores", pontuou Luciene no requerimento.

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