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Presidentes de partidos rebatem ataques de Bolsonaro ao STF

Publicado terça-feira, 07 de setembro de 2021 às 21:13 h | Atualizado em 06/12/2021, 15:31 | Autor: Da Redação
As declarações ocorreram durante os atos do 7 de setembro | Foto: Paulo Lopes | AFP
As declarações ocorreram durante os atos do 7 de setembro | Foto: Paulo Lopes | AFP -

Presidentes nacionais dos partidos se manifestaram nesta terça-feira, feriado de 7 de setembro, após pautas antidemocráticas impulsionadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante os atos que defendiam o governo federal. Entre as reivindicações, estariam o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional.

Ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do Democratas (DEM), ACM Neto ratificou a importância de um "Brasil livre do radicalismo". Ele ainda afirmou que a luta diária atual deveria girar em torno de buscar o "respeito às diferenças e por um país mais justo".

"Um Brasil independente é um Brasil livre do radicalismo, que valoriza a democracia, e não o ódio. Hoje a nossa luta é por tolerância, comida na mesa dos brasileiros, emprego, respeito às diferenças e por um país mais justo e menos desigual. Essas são lutas diárias, aquelas que realmente importam e fazem a diferença na vida das pessoas", pontuou Neto.

Presidente do PDT, o professor Carlo Lupi disse que a participação de Bolsonaro nas manifestações teria o intuito de assegurar sua base de apoiadores, a qual ele classificou de "raivosa". Lupi ainda garantiu que o presidente estaria inflamando uma "ruptura da democracia" e assegurou a importância de intensificar o pedido de impeachment.

"É uma estratégia para tentar segurar sua base direitosa e raivosa, em um momento de inflação descontrolada, crise de energia e desemprego recorde. (Ele está) Com a intenção de fugir desta realidade e garantir a seu público mais fiel [...] Agora é hora de unificar os democratas pelo impeachment de Bolsonaro. Não tem mais conversa fiada, ele está jogando pela ruptura da democracia", garantiu o pedetista.

Bolsonaro participou do ato em Brasília, durante a manhã, e foi a São Paulo pela tarde, onde manifestantes fizeram um protesto na Avenida Paulista. Nesta quarta-feira, 8, os partidos devem ser reunir para decidir uma reação conjunta à postura do presidente e aos atos.

Mais cedo, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, solicitou uma reunião extraordinária da Executiva da sigla para discutir a posição sobre abertura de impeachment e eventuais medidas legais. Ele classificou as declarações de Bolsonaro como "gravíssimas".

Por fim, o ex-candidato à presidência da Câmara dos Deputados e atual presidente do MDB, Baleia Rossi, usou as redes sociais para pregar por união e subiu o tom ao comentar as declarações de Bolsonaro que atacavam o STF.

"'Independência' é um substantivo feminino como 'democracia'. Uma só é forte com a outra. Precisamos, mais do que nunca, ressaltar: somos uma nação constituída por poderes independentes e harmônicos. Com serenidade e diálogo, vamos seguir na luta contra qualquer tipo de retrocesso [...] São inaceitáveis os ataques a qualquer um dos poderes constituídos. Sempre defendo a harmonia e o diálogo. Contudo, não podemos fechar os olhos para quem afronta a Constituição. E ela própria tem os remédios contra tais ataques", completou Rossi.

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