POLÍTICA
Programa para reduzir filas no SUS começa em agosto, afirma ministro
Programa aumenta a oferta de serviços especializados para pacientes do SUS em hospitais privados e filantrópicos, em troca de abatimento da dívida
Por Redação

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deu detalhes sobre o programa Agora Tem Especialistas, instituído no último dia 30 de maio, por meio de uma medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Leia Também:
Conforme informou Padilha ao Correio Braziliense, a ideia do programa é aumentar a oferta de serviços especializados para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais privados e filantrópicos, em troca de abatimento da dívida dessas instituições.
Os primeiros atendimentos e procedimentos começarão já no próximo mês de agosto. Os hospitais que devem ter prioridade assegurada na fila para receber esses atendimentos serão os que já prestam serviço ao SUS e, posteriormente, os que possuem algum programa de residência médica, onde são formados os especialistas em cada área.
“(Nós vamos) Ir atrás de onde estão os médicos especialistas, onde estão os equipamentos para fazer os exames especializados e as consultas especializadas. Levar o paciente do SUS lá. Abrir a porta desse hospital privado para o paciente do SUS e a sua família poder resolver o problema que ele está há meses esperando nas filas do Sistema Único de Saúde”, disse.
O chefe da pasta declarou ainda que haverá um painel de monitoramento integrado ao programa, que será controlado pelo próprio Ministério da Saúde, com informações sobre todos os procedimentos realizados a nível nacional nesse programa. Os dados deverão ser coletados pelos hospitais privados e filantrópicos, além da União, dos estados e dos municípios.
Como forma de compensação das dívidas das instituições que aderirem ao programa, o governo criará um sistema de crédito que será concedido aos hospitais levando em consideração o número de serviços ofertados, além do atendimento em áreas prioritárias no SUS, como tratamento de câncer, cardiologia, ortopedia, entre outras especialidades.
A partir de 1º de janeiro de 2026, os créditos serão usados para abater dívidas das instituições. Para aderir ao programa, os hospitais precisam iniciar negociação com o Ministério da Fazenda. Segundo o ministro Fernando Haddad, que participou da coletiva, atualmente 3.537 hospitais acumulam R$ 34,13 bilhões em dívidas ativas.
Segundo o governo, haverá um crédito financeiro de R$ 2 bilhões por ano aos hospitais, o que deve gerar um impacto fiscal de até R$ 750 milhões por ano, caso hospitais que não possuem dívidas também participem do programa.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes