POLÍTICA
Relatora da CPI do 8 de janeiro relata ameaças de morte e pede escolta
Pedido foi encaminhado ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco
A relatora da Comissão Parlamentar Mista de de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse nesta quarta-feira,18, durante a sessão para votar o relatório final, que está sofrendo ameaças de morte e por essa razão vai solicitar apoio e proteção da Polícia Legislativa.
Gama afirmou que solicitará proteção a ela e a sua família nas próximas semanas. O pedido será encaminhado ao presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
As ameaças também serão apresentadas à Polícia Federal e à Advocacia-Geral do Senado, de acordo com Eliziane. "[Recebi ameaça de] agressão, ameaça de morte à minha família, dizendo que estão me esperando em aeroportos, que eu não posso sair na rua porque vão me atacar", ressaltou. "Subestimar esse tipo de pessoa pode ser colocar em risco a minha vida e a vida da minha família", acrescentou a senadora.
Eliziane também criticou ação de congressistas opositores e disse que ataques foram "orquestrados". "Eu tenho 17 anos de vida pública, mas nunca fui tão agredida, tão violentada como fui nas últimas 24 horas. Cada discurso de ódio de cada parlamentar aqui parece muito orquestrado", afirmou.
O que diz o relatório da CPMI do 8 de Janeiro
São mais de 1.300 páginas do relatório que embasam acusações contra 61 pessoas. Foram citados ao menos 16 crimes que teriam sido supostamente cometidos pelos indiciados. Veja aqui a lista completa das sugestões de indiciamento e dos crimes apontados.
Eliziane pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por quatro crimes: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. As penas podem chegar a 29 anos de prisão, se for condenado.
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