Sobre o resultado eleitoral Leão diz: "Primeira coisa é respeitar"

O vice-governador João Leão, disse em entrevista ao Portal A TARDE neste sábado, 17, que o resultado das eleições que deu a vitória ao candidato a governador do estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e ao presidente Luís Inácio Lula da Silva, deve ser respeitado.

Leão foi apoiador de Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições presidenciais. O presidente não aceitou a derrota para Lula, e tentou de várias formas contestar os resultados das urnas. O Supremo Tribunal Eleitoral rejeitou toda as denúncias do PL e condenou a sigla por litigância e má-fé, bloqueando o acesso da legenda ao fundo partidário.

"Olha, a primeira coisa é respeitar, foi uma eleição muito dura. Foi uma diferença de dois pontos percentuais. Então foi uma eleição dificílima para ambos os lados. Eu acreditava que ACM Neto ganharia a eleição no primeiro turno. No entanto, não deu. Não deu. Eu acreditava que Cacá Leão seria o senador da República. Se tivesse riscos eu não teria abdicado em favor dele. Eu teria enfrentado. Não sei se o meu erro onde foi ai, o erro de ACM Neto onde foi, o erro do Cacá Leão onde foi, nós fizemos uma eleição um tanto quanto desigual, com a força do governo".

Na semana passada, o vice-governador fez uma despedida do gabinete da vice-governadoria, que será ocupada por Geraldo Jr, a partir do dia 1º de janeiro de 2023. Se despediu da Casa Civil e da Casa Militar mas não esteve com o Governador Rui Costa. Leão comentou como anda seu relacionamento com o novo ministro da Casa Civil, Rui Costa, após o rompimento do grupo pepista da base governista no início deste ano.

"Alguém disse que eu fui lá na governadoria me despedir do pessoal na hora que o Rui Costa não estava. Não eu não fui porque Rui Costa não estava e eu tenho medo de Rui Costa por acaso gente? Porque? Porque? Rui Costa foi meu companheiro de trabalho. Eu vou estar com Rui Costa lá na Casa Civil da Presidência da República", disse Leão.

Leão disse que pretende trabalhar de forma independente na Câmara dos Deputados Federais a partir de 2023 quando toma posse no Congresso.

"A minha proposta, eu não quero ser adesista. Não quero ser adesista. Mas também não quero ser oposição. Eu vou ter uma ala de independência", afirma João Leão.