ASSÉDIO SEXUAL
TCU investiga políticas de combate a assédio sexual na Caixa
Pedro Guimarães, presidente da Caixa, é alvo de acusações de assédio sexual relatadas por funcionárias da instituição
Por Da Redação
Nesta quarta-feira, 29, a presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministra Ana Arraes, vai determinar a abertura de uma fiscalização na Caixa Econômica Federal para verificar toda a política de prevenção e combate ao assédio sexual no banco.
Pedro Guimarães, presidente da Caixa, é alvo de acusações de assédio sexual relatadas por funcionárias da instituição. Nesta terça-feira, 28, o caso foi revelado pelo portal Metrópoles, que se refere também à existência de uma investigação no Ministério Público Federal.
Segundo os relatos das mulheres, os episódios incluem toques íntimos sem consentimento, propostas inadequadas às funcionarias e outras condutas inapropriadas.
O centro de monitoramento do TCU deve observar o levantamento de toda a política de prevenção e combate ao assédio sexual dentro da Caixa, investigando canais de denúncia, politicas de prevenção do sigilo do denunciante, se há salvaguarda a quem faz uma denúncia e as regras de acompanhamento desses temas.
Relatado pelo ministro Walton Alencar, a corte de contas iniciou em 2020 uma auditoria operacional para elaborar uma radiografia do tema na administração pública federal.
Para servir de referencia para futuras auditorias, um dos resultados foi a formulação de um modelo de prevenção e combate ao assédio, porem, o trabalho focou na recomendação das melhores práticas, sem tratar individualmente de falhas nos mecanismos já existentes dos órgãos públicos.
Em um depoimento à Folha, uma funcionária da Caixa disse que também foi assediada pelo presidente da instituição, Guimarães. A funcionária alega ter sido puxada pelo pescoço e ter ficado em choque após o episódio. A mulher pediu para ter a sua identidade preservada por receio de sofrer retaliação do comando do banco.
Em meio às denúncias envolvendo o executivo, Interlocutores no Palácio de Planalto dizem que a manutenção de Pedro Guimarães à frente da Caixa Econômica Federal se tornou insustentável.
O presidente Jair Bolsonaro (PL),para vedar a crise envolvendo o comando do banco público, decidiu escolher uma mulher para substituir Guimarães: a secretária Daniella Marques, braço direito do ministro Paulo Guedes (Economia).
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