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ELEIÇÕES 2022

Tebet compara caso Geddel ao de Lula e reafirma pré-candidatura

Para pré-candidata à presidência da República pelo MDB, caso do bunker não afeta reputação do partido. “Se fosse assim, Lula não estaria na frente das pesquisas”

Por Lucas Franco

14/12/2021 - 9:35 h | Atualizada em 14/12/2021 - 10:59

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), oficializada na semana passada como pré-candidata à presidência da República, falou sobre participação feminina na política, atuação do atual Governo Federal, divergências sobre sua pré-candidatura dentro do seu partido, impeachment de Dilma Rousseff e sobre a reputação do seu partido, em entrevista na manhã desta terça-feira, 14, no programa Isso É Bahia, na rádio A TARDE FM.

Perguntada se o MDB poderia ter desconfiança da população por conta do episódio que envolveu Geddel Vieira Lima, que teve apreendido no seu apartamento R$ 51 milhões pela Polícia Federal em 2017, a senadora enxerga que as pessoas não carimbam partidos e pessoas de acordo com episódios do passado. “Se fosse assim, o presidente Lula não estaria na frente das pesquisas. Todos os partidos tiveram ao longo da história situações como a que você mencionou”, disse a senadora. O petista pôde voltar a se candidatar após o Supremo Tribunal Federal (STF) anular suas condenações na Operação Lava Jato.

Tebet disse que seu partido é o “porto seguro” do Brasil contra as ameaças democráticas. “Nós temos uma história que fala por nós”. A senadora afirmou que o impeachment de Dilma Rousseff foi protocolado por conta de irregularidades, mas não poupou críticas ao governo Bolsonaro, que no seu ponto de vista é uma ameaça ao bem estar da população.

“É um governo que não conhece o Brasil, suas mazelas, mas também a nossa diversidade e o nosso povo. Virou as costas. A CPI escancarou essa realidade. Estamos vendo verdadeiros retrocessos civilizatórios”, afirmou a senadora, que pretende oferecer as soluções para os problemas do país através do diálogo durante a campanha. “O caminho é esse, me tornar conhecida, colocar as nossas propostas e oferecer a saída. Como fazer? Andando pelo Brasil, conversando com as pessoas”.

O fato de ser, até o momento, a única pré-candidata mulher, não deve ser o motivo pela preferência do eleitorado, segundo a pré-candidata do MDB, que disse não querer se tratada de forma diferente por ser mulher. “A pré-candidatura de uma mulher mostra que precisamos ter representatividade em todas as áreas. Se fala de empoderamento, mas precisamos desmistificar isso: as mulheres não querem empoderamento, querem protagonismo”.

As divergências internas em torno de sua pré-candidatura, para Simone Tebet, são naturais de um partido grande, que no seu ponto de vista, é o maior do Brasil. “

A unanimidade ninguém tem, em nenhum partido. Todos os partidos estão divididos. Temos pessoas de centro-direita, de centro-esquerda, de centro. Há quem ache essa a maior fragilidade. Não é”. A senadora citou que, mesmo os que não “estão com ela”, em algum momento vão convergir, em nome do partido. No entanto, enxerga que, até o momento, o saldo é positivo.

“No nosso pré-lançamento, tivemos dos 15 senadores [do MDB], 11 [presentes]. Os prefeitos das maiores cidades, inclusive das duas maiores cidades governadas pelo MDB, São Paulo e Porto Alegre, estiveram. É uma jornada para falar do Brasil, do que realmente importa, e precisamos nos posicionar, mostrar propostas efetivas para tirarmos o Brasil dessa crise”, disse.

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