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Tebet defende redução da taxa básica de juros e cita programa social

"Brasil não comporta um Desenrola por ano", diz ministra do Planejamento

Publicado sexta-feira, 14 de julho de 2023 às 20:49 h | Autor: Da Redação
Ministra do Planejamento critica taxa de juros do Brasil
Ministra do Planejamento critica taxa de juros do Brasil -

Ministra do Planejamento, Simone Tebet, apontou a alta taxa de juros do Brasil como principal causa do endividamento das famílias brasileiras. Atualmente, a taxa Selic é de 13,75%. A declaração de Tebet está relacionada ao programa Desenrola Brasil, que será lançado na segunda-feira, 17, para renegociação de dívidas. 

“Não adianta fazer o 'Desenrola', aliviarmos a vida das pessoas e apresentar um programa eficiente sob todos os aspectos, com juros de 13,75%. O Brasil não comporta um Desenrola por ano. Nós precisamos de espaço fiscal para investir naquilo que verdadeiramente precisamos, como Saúde, Educação, obras de infraestrutura e tudo mais”, disse a ministra, durante entrevista coletiva, após última plenária de elaboração do Plano Plurianual (PPA), em São Paulo.

Na ocasião, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, também reforçou as críticas e pontuou sobre o papel do Banco Central (BC) na redução de juros.

"Ele [Roberto Campos Neto, presidente da autarquia] não pode se esconder atrás da autonomia do Banco Central para não cumprir o seu papel constitucional, que é garantir o controle fiscal e da inflação [...] e ajudar a criar as condições para o Brasil crescer, a economia girar e gerar emprego e renda".

A alta taxa de juros no país vem sendo bastante criticada por integrantes do governo Lula (PT) e pelo próprio presidente. Para o mandatário, a manutenção da taxa deve-se a teimosia de Campos Neto. 

"As pessoas estão ficando mais otimistas, a inflação está caindo e logo logo vai começar a baixar a taxa de juro, porque o presidente do Banco Central é teimoso, tinhoso, não tem mais explicação (para a Selic em 13,75%)", falou em live semanal, exibida nas redes sociais, na última terça-feira, 11.

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