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Publicado sexta-feira, 25 de julho de 2008 às 00:31 h | Autor: Levi Vasconcelos, do A TARDE

Daniel Dantas e o cacau

Daniel Dantas adquiriu no Pará 100 mil hectares de terras, pelo que se anunciou, para plantar cacau e criar boi. Pouco antes do escândalo envolvendo o banqueiro estourar, o baiano Gustavo Moura foi demitido da direção geral da Ceplac. Assumiu no lugar dele o paraense Jay Wallace, dizendo que iria transformar o Pará no maior produtor de cacau do Brasil. Em pronunciamento no Senado, o senador César Borges (PR) disse ‘estranhar’ a Bahia ter perdido o cargo que historicamente sempre teve (até pela condição de maior produtor do Brasil), justamente para um paraense que começava fazendo uma declaração dessas.
Na época, um deputado federal baiano, petista e muito ligado a Jaques Wagner, disse em off: “Nunca vi César Borges ser tão feliz num pronunciamento”.
Antes, Daniel Dantas representava expectativas de investimentos, onde quer que fosse. Agora, não dá mais para acreditar nisso. E a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), busca meios de tomar as terras de volta.
As pedras se encaixam direitinho, não?

Sete Passagens
A ameaça da Yamana

Um grupo de moradores de Jacobina e Miguel Calmon vai se unir hoje a ambientalistas na reunião do Conselho do Meio Ambiente. Na pauta, está o plano de manejo que a canadense Yamana Gold, dona da Jacobina Mineração, apresenta na tentativa de explorar (ouro) uma área a 700 metros do limite do Parque Estadual de Sete Passagens, um belíssimo paraíso natural, rico em nascentes, na ponta norte da Chapada Diamantina. Os ambientalistas acham que a boca da mina deve ficar a cinco km do limite do parque. A 700 metros, será devastador.

Catu
Presidente na berlinda

Acusado por sete de nove vereadores (o décimo é o próprio) de desvio de dinheiro e falta de decoro, o presidente da Câmara de Catu, Carlos Alberto do Carmo, o Cal (PSL), se deu mal. Hoje, às 9 horas, a Câmara vai se reunir para tirá-lo da presidência e marcar nova sessão para cassar-lhe o mandato. Os vereadores gravaram uma conversa na qual um dos assessores de Cal confessa que é contratado por R$ 1,5 mil, mas só recebe R$ 400, denúncia que será entregue hoje ao Ministério Público. O caso é de natureza estritamente ética. Entre os que querem cassar Cal, há partidários de todos os três candidatos a prefeito.

Mata de São João
Gualberto e o TCM

O prefeito de Mata de São João, João Gualberto (PP), disse ontem que a multa a ele aplicada pelo TCM é de R$ 300, referente ao desligamento de beneficiários do Bolsa Família, que ele fez, e a contratação de um servidor pelo Reda. Assegura que nunca foi alvo de qualquer ação por improbidade administrativa, ou sofreu qualquer ação penal. Em suma, não é ficha suja. Realmente (nós checamos), nada consta nos MPs (federal e estadual) ou na Justiça contra o Sr. João Gualberto. O TCM pega uma besteira para representar no MP, e aí confunde crimes da pesada com ‘criminhos’. Ou ficha suja com fichinha.

Datafolha
Neto e Imbassahy empatados

Segundo rumores que circularam ontem nos comitês eleitorais de Salvador, a pesquisa do Datafolha que será divulgada hoje apresenta o seguinte resultado: ACM Neto, 27%; Imbassahy 25%; João Henrique, 19%; Pinheiro, 7%; e Hilton Coelho, 1%. Como a margem de erro é de três pontos, Neto e Imbassahy continuam empatados na frente.
Em relação à pesquisa A TARDE/Vox Populi, publicada domingo passado, nada mudou.

Investimentos
Casas Bahia avança

A rede varejista Casas Bahia já botou o pé na Bahia, como antecipamos. Comprou um terreno em Lauro de Freitas (para fazer o Centro Distribuidor) e está em vias de fechar um outro na Rótula do Aeroporto. Detalhe curioso: por que o nome “Bahia”, se a rede é de São Paulo? Explicação: antigamente, todo nordestino que chegava na capital paulista fugindo da seca era chamado de “baiano”. As lojas foram criadas visando exatamente tal público.
Algo para os “baianos” se sentirem em casa.

- Hernani Santos, engenheiro de transportes e especialista em trânsito, ex-diretor-técnico do Detran, propõe a criação de um órgão para solucionar o problema do trânsito de Salvador. Leia sua proposta no caderno “Populares” desta edição, seção "Sociedade & Bem-Estar".

- Humberto Salomão Mafuz, conselheiro da OAB-BA na gestão de Arx Tourinho, saiu em defesa do desembargador aposentado, Eduardo Jorge, ao saber que advogados querem  impugnar o pedido de registro dele na OAB-BA. "Eduardo é um homem que dignifica qualquer ordem".

- Corrigindo informação ontem publicada. Dissemos que no TJ baiano hoje há dois desembargadores oriundos do Ministério Público e três da OAB-BA. Erramos.  Aidil Conceição também é oriunda do MP. O placar é  3 a 3.

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