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POLÍTICA

"Vamos unir os 417 municípios", promete prefeito de Andaraí sobre UPB

Wilson Cardoso é candidato a presidente da entidade

Por Cassio Moreira

11/11/2024 - 10:48 h | Atualizada em 11/11/2024 , 11:03
Wilson defende bandeiras como a elaboração de um novo pacto federativo
Wilson defende bandeiras como a elaboração de um novo pacto federativo -

"Vamos tentar unir os 417 municípios". Essa é a promessa feita por Wilson Cardoso (PSB), prefeito reeleito de Andaraí, se for eleito presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB). A declaração ocorreu em entrevista ao Portal A TARDE.

Wilson defendeu bandeiras como a elaboração de um novo pacto federativo, royalties de petróleo para os municípios baianos, além da ampliação e redistribuição de poderes dentro da UPB, colocando todas a regiões em evidência e com protagonismo nos debates. O prefeito também afirmou trabalhar pelo consenso entre todos os gestores em torno da sua candidatura.

Para uma eventual gestão, ele se comprometeu a dar um primeiro passo com a ampliação da sala de projetos e um convênio com o governo do Estado.

"Vamos ampliar a sala de projetos imediatamente, porque os municípios pequenos não têm condições de ter uma estrutura de engenheiro, um arquiteto, para dar a velocidade, agora com o PAC que Rui (ministro Rui Costa) está tocando, vai precisar de muitos projetos. Primeira ação nossa é duplicar a sala de projetos, tanto no espaço físico, como no campo tecnológico", iniciou.

"A UPB tem condições de arcar com uma parte, e a outra parte faremos convênio com o governo do Estado para ter a mão de obra qualificada", destacou o prefeito.

Wilson Cardoso também ressaltou a necessidade de abraçar as causas municipalistas.

"As pautas municipalistas possuem vários desafios, que é a manutenção da alíquota de 8% do INSS, que estão querendo aumentar, vamos para essa luta. Tem uma luta forte que é a tabela do SUS, que está defasada, vamos para essa luta para que o governo reajuste a tabela do SUS [...] Necessário que isso aconteça para não ter um colapso na saúde", defendeu o prefeito, que citou em seguida o refinanciamento da dívida com a previdência, uma das principais pautas dos gestores baianos.

"Outro ponto é o refinanciamento da dívida do INSS, é o Refis, que o governo tem que tomar essa pauta imediatamente para não inviabilizar todos os municípios de pequeno porte, é importante que veja essa pauta imediatamente", pontuou.

Uma reforma estatutária, tendo em vista a redistribuição de poder para os municípios dentro da UPB, é outro ponto de uma eventual presidência da entidade. Ele coloca como exemplo o modelo adotado quando foi presidente da Federação dos Consórcios Públicos da Bahia.

"Vamos fazer imediatamente também uma reforma estatutária, que é fundamental. Fui presidente da Federação dos Consórcios Públicos da Bahia, fizemos uma parceria muito forte com o atual presidente Zé Cocá, e Jequié, e andamos de mãos dadas. Eu fiz uma reforma que descentralizei o poder e criei diretorias regionais. Vamos fazer isso urgente na UPB para criar intendência regionais para colocar prefeitos indicados pela sua região para representar as cidades [...] Vamos tentar unir todos os 417 municípios. Dentro da UPB nós somos 417 municípios. Da UPB para fora, cada qual tem seu ideal, seus partidos", defendeu Wilson Cardoso, que na sequência falou sobre a luta dos royalties de petróleo para as cidades no estado e de pacto federativo para fortalecer os pequenos municípios.

"Vamos em grupo, por isso a importância da união. Parece que tem R$ 3 bilhões na justiça. Outra coisa urgente é o pacto federativo, porque eu entendo que a Bahia tem mais de 300 municípios que dependem do Fundo Constitucional, que não tem royalties, que não tem ICMS alto, que esses municípios vivem de emendas parlamentares e do Fundo Constitucional. Faço uma defesa para que se faça uma distribuição melhor para esses municípios de pequeno porte", explicou.

Questionado sobre as negociações por apoio e diálogo com os demais prefeitos, Wilson Cardoso garantiu que não tem "dormido" e tem feito um trabalho para garantir um amplo arco de aliança, esperando também um gesto do governo estadual e dos integrantes da base governista, como deputados e senadores.

"Não tenho nem dormido. Eu tenho muitos amigos prefeitos, fizemos um trabalho forte com Zé Cocá. Tenho dialogado com todos os presidentes de consórcios, com todos os prefeitos, tenho ligado de manhã, e tarde e de noite. Temos um tráfego muito forte com eles, reconhecem que fui generoso para ter uma unidade. Na última eleição da UPB, eu seria reeleito na federação por aclamação, apoiamos Thiancle, que fez um bom trabalho, que queria a UPB, mas Quinho não abria mão. Aí eu abri mão para não bater chapa na UPB", afirmou.

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