DENÚNCIAS
Veja pronunciamento de Silvio Almeida após exoneração
Ministro de Direitos Humanos foi denunciado por assédio sexual; ele nega acusações
Por Da Redação
O ex-ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, se pronunciou após ter sido exonerado do cargo nesta sexta-feira, 6, pelo presidente Lula (PT), devido as denúncias de assédio sexual praticada por ele contra mulheres da administração federal, dentre elas a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco.
“Em conversa com o presidente Lula (PT), pedi para que ele me demitisse a fim de conceder a liberdade e isenção às apurações, que deverão ser realizadas com o rigor necessário e que possam respaldar e acolher qualquer tipo de vítima”, iniciou Almeida, em nota oficial publicada nas redes sociais.
Leia mais
>> Lázaro Ramos reage sobre acusação contra Silvio Almeida: "Triste"
O ex-titular da pasta afirmou que o seu desligamento do ministério “será uma oportunidade para que eu prove a minha inocência e me reconstrua”.
“Em razão da minha luta e dos compromissos que permeiam minha trajetória, declaro que incentivarei indistintamente a realização de criteriosas investigações.[…] Sou o maior interessado em provar a minha inocência. Que os fatos sejam postos para que eu possa me defender dentro do processo legal”, emenda o ex-ministro.
Confira a nota completa:
“Nesta sexta-feira, 6, em conversa com o Presidente Lula, pedi para que ele me demitisse a fim de conceder liberdade e isenção às apurações, que deverão ser realizadas com o rigor necessário e que possam respaldar e acolher toda e qualquer vítima de violência.
Será uma oportunidade para que eu prove a minha inocência e me reconstrua. Ao longo de 1 ano e 8 meses à frente do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, reconstruímos a política de direitos humanos no Brasil. Acumulamos vitórias e conquistas durante essa jornada que jamais serão apagadas. A luta histórica do povo brasileiro e sua libertação são maiores que as aspirações e necessidades individuais.
As conquistas civilizatórias percebidas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) correm risco de erosão imediata, o que me obriga a ir ao encontro das lutas pelas quais dediquei minha vida inteira. Não colocarei em risco o progresso alcançado em defesa do povo invisibilizado, vítima de um massacre ininterrupto, pobre, favelado e à margem do processo civilizatório.
A segurança e proteção da mulher, sua emancipação e a valorização das suas subjetividades são a força motriz e a potência reformadora e proeminente que o país precisa. É preciso combater a violência sexual fortalecendo estratégias compromissadas com um amplo espectro de proteção às vítimas.
Critérios de averiguação, meios e modos de apurações transparentes, submetidos à controle social e com efetiva participação do sistema de justiça serão a chave para efetivar políticas de proteção à violência estimulada por padrões heteronormativos. Em razão da minha luta e dos compromissos que permeiam minha trajetória, declaro que incentivarei indistintamente a realização de criteriosas investigações.
Os esforços empreendidos para que tenhamos um país mais justo e igualitário são frutos de lutas coletivas e não podem sucumbir a desejos individuais. Sou o maior interessado em provar a minha inocência. Que os fatos sejam postos para que eu possa me defender dentro do processo legal".
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes